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ARMAS: O DOBRO DE NADA

Colunista do Brasil Sem Medo Bene Barbosa analisa as reações histéricas ao aumento no número de armas vendidas no Brasil
Não era difícil prever a histeria que o aumento do número de armas vendidas no Brasil causaria. É sempre assim! Parecem aqueles malucos que ficam nas praças gritando que o mundo vai acabar aquele ano, mas nunca acaba e, então, eles seguem gritando todos os anos, imaginando que um dia ele acertará. É a confeiteira que faz uma receita de bolo que não cresce e, tentativa após tentativa fracassada, não lhe passa pela cabeça que a receita pode estar errada… Assim segue o assunto armas!
De acordo com a reportagem da Agência Brasil: “A venda de armas de fogo controladas pela Polícia Federal (PF) subiu de 24.663 unidades, no primeiro semestre do ano passado, para 73.985, em igual período de 2020, um aumento de quase 200%. Os dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) não incluem nem os armamentos adquiridos por órgãos militares estaduais de segurança pública (polícias militares e corpos de bombeiros), nem pelas Forças Armadas e pelos chamados CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), cujo controle é da responsabilidade do Exército. Entram na conta da PF as armas compradas por cidadãos em geral, empresas de segurança privada, além das categorias profissionais previstas no Decreto nº 9.847, como servidores da área da segurança pública, magistrados e membros do Ministério Público”.
Para um leigo esses números podem soar grandes, mas não são se pensarmos em um país com uma população de 210 milhões de habitantes que, durante décadas, sofreu com medidas autoritárias e restritivas que represaram uma gigantesca demanda pelo único instrumento eficaz para se garantir o sagrado direito à autodefesa. Sendo assim, na realidade, esse crescimento ínfimo só mostra que seguimos tendo uma legislação restritiva, burocrática e, principalmente, elitista! Há muito ainda para se caminhar. Só para fazer um comparativo: na última Black Friday nos EUA, estima-se que foram vendidas mais de 400 mil armas de fogo. Ou seja, em 24 horas, americanos compraram armas suficiente para equipar todo efetivo das nossas Forças Armadas.
Seja como for, se a teoria de que mais armas significam, inexoravelmente, mais crimes (como gostam de repetir os adeptos do desarmamento) seria esperado um acréscimo nos homicídios, certo? Isso não ocorreu, pelo contrário, estamos assistindo a uma diminuição significativa nos crimes violentos cometidos com o uso de armas de fogo. Lembro aqui que em maio de 2019 debati com a socióloga Silvia Ramos — aquela que já afirmou que traficantes cariocas só compram fuzis porque precisam se defender da polícia —, quando a desafiei a voltarmos após um ano à BandNews para um novo debate e sabermos qual das duas teorias estava certa… Estou esperando até agora. Quem quiser ouvir o debate e o citado desafio, acesse este link. Boa diversão!
— Bene Barbosa é analista de segurança, instrutor de Armamento e Tiro, presidente do Movimento Viva Brasil e coautor do best-seller “Mentiram pra mim sobre o desarmamento”.
Fonte: Brasil Sem Medo

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