Por Brehnno Galgane
Nesta segunda-feira (9/11), a Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou uma investigação para apurar se a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, tentou impedir o assassinato de um bebê no ventre de uma menina de 10 anos do Espírito Santo, que foi vítima de estupro. O aborto ocorreu em agosto deste ano, no Recife.
“Caso surjam indícios mais robustos de possível prática de ilícitos penais pela noticiada, poderá ser requerida a instauração de inquérito nesse STF”, escreveu PGR.
Após queixas de senadores do PT e do PROS, a investigação, que acusam a ministra de crime de responsabilidade, foi aberta para investigar a participação de Damares no caso. De acordo com o documento da PGR, o objetivo é encontrar indícios que apontem uma conduta “irregular” da ministra.
Em nota, o Ministério afirmou que “enxerga a situação com total tranquilidade” e que “tratou sua atuação nessa ação com absoluta transparência e lisura, com absoluto respeito aos princípios da administração pública”.
Além disso, a própria pasta disse que a própria ministra Damares solicitou investigação do caso à Polícia Federal.
Na época, a assessoria do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos divulgou uma nota em que negou a participação de Damares Alves em qualquer tentativa de manobra de forma escondida para impedir que o aborto fosse feito.
Pelo Twitter, a ministra manifestou sua defesa em relação ao caso. Damares afirmou “não ter nada a esconder” e que tem “dever institucional de defender as crianças”.
Lá vou eu de novo falar do assunto. Eu pedi que a PF investigasse, entenderam? Não temos nada a esconder. Fomos ao ES pela explosão no número de crianças grávidas no estado. E continuamos, o trabalho não acabou. É nosso dever institucional
— Damares Alves (@DamaresAlves) November 10, 2020
⁸ defender as crianças, todas elas. pic.twitter.com/ClutwcUBRZ
Fonte: Terça Livre
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