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COMO MUDAR MEUS HÁBITOS?

Por Lucas Azevedo
O hábito de se inovar Por Lucas Azevedo Todos sabemos que isso está longe de ser algo fácil, quem já tentou começar uma dieta nova sabe do que estou falando. Não há como mudar um comportamento do dia pra noite, é pura ilusão pensar que uma pessoa consegue mudar sua vida e seus hábitos em 15 dias, é necessário todo um processo que deve ser respeitado e adequado para a realidade de cada um.Podemos dividir este processo em 6 etapas, e elas são:
Pré-contemplação: nessa fase o sujeito pode estar ciente do seu comportamento, ou não. Alguns indivíduos tendem a negar a existência do problema, nem sempre de maneira consciente, mas pessoas mais próximas já conseguem identificar e muitas vezes tentam conversar.
Contemplação: nessa fase o sujeito começa a reconhecer o problema, passa a aceitar que necessita ou deseja mudar de comportamento. Nesta parte é mais interessante focar no aprendizado do indivíduo, explicar para ele como ele pode mudar e quais são as causas e consequências de seu hábito. 
Preparação: essa é a fase que um profissional qualificado passa a ser de extrema importância, seja ele de qual área for, é a hora de traçar um planejamento estratégico. É necessário conhecer bem a pessoa e deixar claro para o indivíduo o que ele está disposto a enfrentar, preparando-o para o trabalho que começará. Nessa etapa é extremamente importante focar na motivação da pessoa, aqui ela deve estar motivada 10/10, pois é nessa hora que ela vai começar a assumir alguns compromissos consigo mesmo.
Ação: aqui iniciamos a prática de fato. O comportamento pode ser cessado de vez ou pode ser realizada uma transição gradual de hábitos, a depender do caso. É necessário intenso acompanhamento, observar e avaliar a todo momento. O profissional que estiver acompanhando a pessoa deve estar sempre atento para qualquer sinal de desvio. O plano deve ser seguido à risca, na medida do possível é claro. Um bom profissional saberá avaliar se é realmente necessário alguma mudança no planejamento, mas normalmente se a preparação foi bem feita, optamos por seguir o plano. 
Manutenção: agora já podemos deixar a pessoa um pouco mais "livre". Para chegar aqui ela já percebeu que seus novos hábitos são ideais para ela, e já sente em seu próprio corpo todos os benefícios que os novos hábitos lhe trouxeram. Porém, isso não significa que podemos deixar a pessoa completamente à vontade, pois alguns acontecimentos da vida podem gerar "gatilhos" que trarão de volta sentimentos ruins, e isso faz com que a pessoa duvide de todo o processo e duvide inclusive de si mesma. Nessas horas o profissional deve estar disponível para esclarecer e até explicar novamente o porquê de todo o processo.
Recaídas: essa é, na minha opinião, a parte mais delicada de todo o processo. Nesse momento a pessoa vai enfrentar sentimentos de fracasso, frustração, decepção, tristeza e desapontamento, e o profissional precisa estar preparado para isso, pois é relativamente comum uma pessoa enfrentar recaídas, e é necessário que se compreenda que uma recaída pode acabar por destruir todo o processo. Sim, não é exagero, é extremamente importante explicar para a pessoa que todo o aprendizado é em forma de espiral, portanto se a pessoa cortou o processo aqui nessa fase, devemos iniciá-lo todo novamente, DESDE O COMEÇO. Claro que não vai demorar tanto tempo como da primeira vez, visto que agora já conhecemos melhor a pessoa, mas é mandatório que o profissional revisite todas as fases do processo, até pra entender onde foi que eles erraram. 
Basicamente é assim que mudamos um comportamento até que se crie um novo hábito. Esse método pode ser utilizado para mudança de absolutamente qualquer comportamento, desde uma pessoa que tenha problemas com drogas até uma que queira praticar atividades físicas e levar uma vida mais saudável. 
Não existe um período exato para cada fase, isso vai ser determinado de forma individual, mas eu diria que 1 ano é um prazo razoável para que uma pessoa assimile novos hábitos e não tenha mais recaídas, e mesmo se tiver, saiba lidar com isso de uma forma sensata, reconhecendo as causas que a levaram a errar e aprendendo com o erro.Em caso de dúvidas, sigo à disposição dos senhores, e caso queiram se aprofundar mais no assunto, ler "Transtheoretical Model of Change, by Prochaska & DiClemente".

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