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POLICIAIS DESARMAMENTISTAS, OS VEGANOS QUE COMEM CARNE

Por Major Aguiar
Para entender a resistência que alguns profissionais de segurança pública nutrem pela possibilidade da flexibilização do acesso às armas de fogo pelo cidadão comum é preciso compreender a extensão da influência progressista na cultura institucional das corporações, principalmente através dos sistemas de ensino institucionais. Uma fragilidade que se tornou muito mais grave em decorrência do fetiche que muitos policiais, essencialmente os gestores, nutrem pelos símbolos externos do conhecimento como, diplomas e títulos. Mas fundamentalmente pela reverência cega à autoridade acadêmica e pelo desejo profundo por ser reconhecido no universo do mainstream.
A verdade é que a aproximação das academias de polícia à universidade deixou um flanco ideológico completamente exposto às incursões da cavalaria progressista que, sem piedade, tem investido com artilharia pesada da deformação das consciências e na implementação de suas agendas perversas no mais íntimo das forças de imposição da lei. Para deixar o quadro ainda mais preocupante, o desconhecimento sobre as ações de guerra cultural e dominação ideológica da esquerda no ambiente acadêmico, alimentam o desejo pelo reconhecimento dos profissionais de segurança pública nas esferas externas à caserna. Busca-se uma validação da “ciência” que, muitas vezes, se dá em detrimento dos conhecimentos produzidos pela tradição e pelos estudos desenvolvidos nas escolas de formação.
Não é raro que comandantes sejam os principais agentes na abertura das escolas de formação profissional à elite do pensamento progressista e revolucionário, permitindo a contaminação das mentes e corações dos futuros policiais. A verdade é que os gestores mais antigos, em sua maioria, não têm a menor noção da revolução gramcista que vem dominando o ambiente acadêmico brasileiro nos últimos 40 anos. Completamente obliterados por uma ingenuidade criminosa, ou engajados em uma busca vaidosa por reconhecimento social, foram os agentes facilitadores e, algumas vezes, indutores da invasão dos centros de formação e academias de todo o país pelos piores inimigos das forças policiais. Na verdade, programas de cooperação com universidades federais fizeram com que “especialistas” em educação pudessem influenciar de forma determinante tanto a formação de currículos quanto as metodologias de ensino.
O resultado não poderia ser diferente, nas últimas décadas, temos visto surgir movimentos estranhos que, mesmo sendo formado por policiais, propagam as narrativas e a ideologia de partidos políticos e movimentos sociais que pregam abertamente a extinção de forças policiais tradicionais, como a polícia militar. Não custa lembrar que a maioria esmagadora dessas narrativas e planos, não chegam a citar qual seria a alternativa à organização tradicional. Como bons revolucionários, esperam que do caos causado por suas estratégias, de forma milagrosa, surja uma fênix que tomará o lugar das antigas instituições e tradições.
Um movimento nessa linha é o Policiais Antifascismo[1]. A face caricatural e as ideias explicitamente extremas de suas manifestações são o sintoma mais esquizofrênico dos tentáculos do movimento progressista que tentam dominar a consciência dos policiais. Mas servem como instrumento de para ensaio à recepção da mentalidade revolucionária e ampliação da janela de Overton no pensamento médio do público policial. Confira um trecho de nota de repúdio ao, então candidato à presidência, Jair Bolsonaro produzida pelo movimento:
Em relação à flexibilização do Estatuto do Desarmamento, por exemplo, sabe-se que não possui qualquer embasamento científico. Pelo contrário, já́ existem várias pesquisas, inclusive de órgãos oficiais, que comprovam a eficácia da referida lei para impedir o aumento da taxa de homicídios. Outra proposta absurda diz respeito a uma suposta “retaguarda jurídica”, proporcionada ao policial que mata em serviço [2]
A infiltração ideológica nas forças não se restringe a movimentos caricatos e propositalmente extremistas. O projeto de captura das mentes e corações dos policiais atinge algumas personalidades que desfrutam de legitimidade, seja em decorrência da produção intelectual ou da posição política ocupada. Um exemplo clássico é o Coronel da reserva Ibis Pereira da Silva, ex-comandante Geral da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que foi candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro, em 2020, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)[3]. O Coronel Ibis é uma das vozes mais ativas do proselitismo progressista nos quadros policiais. Amigo de Marcelo Freixo[4], e queridinho da mídia, seu discurso acaba tendo repercussão e projeção, principalmente pelas empresas de mídia tradicional, profundamente comprometidas com a  agenda desarmamentista.
Figuras como o Coronel Ibis são usadas pela grande mídia, e pelos movimentos políticos, para tentar quebrar o discurso conservador e tradicionalista das corporações. Usam o reconhecimento social e a bajulação midiática para convencer a massa policial de que as ideias progressistas, como e desarmamento da população, fazem parte de um discurso moderno e engajado ao contrário dos ideais retrógrados aprendidos pela tradição e pelo ensino policial.
Coronel Ibis, ex-comandante Geral da PMERJ e filiado ao PSOL
Os movimentos e as personalidades são apenas o sintoma mais grave de uma doença que tem se espalhado pelas corporações de forma silenciosa. Assim como a Teologia da Libertação contaminou a doutrina católica e perverteu a mente e o comportamento de sacerdotes e fiéis, deixando a igreja católica brasileira em uma severa crise, movimento semelhante espalha-se nas academias das policias militares e cursos de formação das policias judiciárias. A existência de um número crescente de policiais que defendem o desarmamento da população civil e as restrições ao acesso ao direito à autodefesa é sintoma claro desta deformidade ideológica. A contaminação das consciências não permite aos profissionais infectados enxergar a contradição evidente de quem usa uma ferramenta eficiente e, ao mesmo tempo, quer garantir que ninguém mais tenha acesso ao recurso. Para justificar os argumentos mais estapafúrdios e mentirosos os progressistas usam informações enviesadas ou de apelo emocional, evitando os dados mais concretos, que encistem em desmenti-los. Um compilado valioso nessa área é a obra do ativista Bene Barbosa, o livro Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento, obra indispensável para conhecer de forma determinante o assunto.
Entender a raiz do pensamento revolucionário e o modo de sua infiltração nas corporações policiais é o primeiro passo para traçar estratégias e evitar o alastramento. A contaminação das forças só não é mais violenta pela evidente contradição entre o discurso da esquerda e a realidade das ruas, e pelo tratamento violento, desrespeitoso e nocivo dado aos policiais pelos movimentos sociais, ongs e partidos de progressistas. De forma geral, demonizam as ações policiais e desprezam todo o sacrifício e abdicação dos profissionais da segurança pública, mesmo quando custam suas vidas. Classificam policiais como agentes opressores, racistas e outras idiotices do gênero. Devemos ao desprezo da esquerda pelos policiais, a sorte de desenvolvimento de uma resistência ao discurso progressista nas corporações. Entretanto, caso não se forme um movimento de resistência intelectual, expresso por meio da produção de literatura técnica e artística, a tendência será metástase da enfermidade por todo o tecido mental que forma o horizonte de consciência dos policiais do país.
É este caldo de contaminação ideológica permite que, mesmo com as evidências técnicas e estatísticas mais obvias, policiais de diversas áreas e corporações defendam a restrição ao acesso as armas de fogo. Cegos pela “ciência” e em busca de reconhecimento social, alguns profissionais fecham os olhos às contradições e adotam o discurso que tem repercussão no mainstream. Não percebem que ao defender que ninguém, além deles mesmos, tenham direito ao uso das armas acabam se comportando de maneira hipócrita e desleal. Acabam agindo como algumas personalidades pública, desarmamentistas, mas que vivem cercadas de seguranças armados e só viajam em carros blindados. No caso dos profissionais de segurança pública acredito que incoerência e hipocrisia é um pouco pior. Mais ou menos como líder do movimento vegano que, apesar de consumir carne e usar roupas de couro, exige que todos seus seguidores sigam os preceitos mais restritivos da doutrina. Ou seja, nada além da velha e conhecida dissimulação dos devotos da esquerda caviar.
Fonte: Blitz Digital
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