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RENAN CALHEIROS QUER INQUÉRITOS DAS ‘FAKE NEWS’ E DOS ‘ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS’ NA CPI DA COVID

 
Por Brehnno Galgane
O Senador Renan Calheiros planeja pedir ao STF acesso aos inquéritos inconstitucionais das fake news e dos atos antidemocráticos. Em entrevista divulgada pelo jornal O Globo na última terça-feira (27), o congressista defende a inclusão do conteúdo dos inquéritos na CPI da Covid, da qual é relator. 
Nem mesmo os advogados das pessoas perseguidas nos inquéritos puderam ter acesso à íntegra dos autos da investigação, o que é um direito elementar da defesa conforme a Súmula Vinculante 14 do próprio Supremo.  
“Defendo que tudo o que houver de fato conexo seja apurado. Estamos trabalhando para sistematizar as propostas do plano de trabalho. O calendário da CPI será ajustado em função da estratégia de apuração”, declarou o parlamentar.
Auxiliares do senador, de acordo com O Globo, sustentam que o compartilhamento do inquérito das fake news poderia elucidar se houve, por parte de pessoas ligadas ao governo, apoio financeiro no estímulo ao uso de remédios supostamente não comprovados cientificamente no tratamento da Covid-19, como cloroquina e ivermectina.
Já em relação aos atos antidemocráticos, a apuração busca saber se pessoas ligadas ao Governo Federal estimularam manifestações nas quais os participantes se aglomeraram sem máscaras.
“Eu, particularmente, não consigo encontrar uma relação imediata, não vejo para que fazer isso”, disse o senador Alessandro Vieira.
O jornalista Max Cardoso, durante o Boletim da Manhã desta quinta-feira (29), reconheceu que “o que estamos vendo é uma tentativa de ‘CPMI das Fake News 2.0’. Quando a CPMI das Fake News começou ela não tinha o viés de perseguição a pessoas que fossem favoráveis ao [atual] governo, principalmente canais aqui no YouTube, como a gente, que têm, sim, valores mais alinhados ao governo. Então, eles, de maneira intimidatória, se utilizaram dessa CPMI para perseguir essas pessoas”.
Ainda segundo o jornalista, o que estamos vendo agora “é uma tentativa de sequestrar essa CPI, que deveria estar preocupada com o mau gasto do dinheiro público, com desvios, com corrupção, com a atuação autoritária de governadores e prefeitos. Isso é o que deveria ser o principal tema nessa CPI da Covid. Só isso já possui muita coisa para ser investigado e apurado, e o que estamos vendo é uma tentativa de sequestro da CPI para retomar a perseguição a apoiadores do governo”, completou Max Cardoso.
E concluiu: “triste que isso esteja acontecendo e espero que o Senado não se dobre a isso. Existem grupos que estão interessados em fazer isso já para preparar, novamente, assim como tentaram na CPMI das Fake News e nos inquéritos das Fake News e atos antidemocráticos, a tentativa de  futuro impeachment. Isso é claro e adiantamos que isso iria acontecer, que iriam tentar fazer dessa CPI da Covid uma CPMI das Fake News 2.0, e agora estamos vendo isso se concretizando”, finalizou o jornalista.
O analista político José Carlos Sepúlveda corroborou as palavras de Max Cardoso, acrescentando que vê a CPI como uma “máscara”. “É uma CPI imposta pelo Supremo, que, segundo o Dr. Ives Gandra, se tornou um partido de oposição, ela é imposta como um ato político e teve até aquela reação do presidente [do Senado]. Então, ele impõe essa CPI para criar um fato político, e esse fato político agora vai cada vez mais se alargando, tudo com a conveniência do senhor Rodrigo Pacheco, e mostrando todos os personagens do senhor Renan Calheiros, homens aliados do Lula, enquanto o próprio Lula é posto livre, leve e solto pelo Supremo, é então criado um fato político.”
E completou: “Agora, esse fato político vai chamar a CPMI das Fake News. A meu ver, não há desejo de investigação nenhuma. O que vai ser criado é um script, é uma narrativa para inventar crimes e se perseguir pessoas que têm um pensamento conservador e que de alguma maneira apoiam o governo. É isso que vai ser criado. Veja que o ministro Gilmar Mendes deu uma deixa ao julgar a questão da liberdade dos cultos, quando ele disse que quem queria ir à igreja e queria abrir as igrejas era partidário de uma ‘ideologia negacionista’. Isto é a linguagem do totalitarismo, você põe um carimbo na testa, e por isso eles querem agora dizer o seguinte: ‘São os que recomendaram remédios, são os que não usaram máscaras’.”
Segundo Sepúlveda, está acontecendo no Brasil “a construção de uma farsa para perseguir pessoas, e perseguir da maneira mais violenta, uma perseguição política. E para impor ao país todas as medidas do totalitarismo sanitário. Trancar o país, fechar o país, fazer um lockdown total. É isso que está sendo montado. Não tem CPI nenhuma, eles não querem esclarecer nada. Isto é uma montagem política para depois derrubar o presidente e prendê-lo.”
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