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DO PISTÃO SUL AO NORTE DE BIKE

Uma ciclovia de 44 km é planejada para Taguatinga. Projeto de R$ 40 milhões prevê pontos de apoio, lanchonete e estacionamento
Taguatinga vai ganhar a primeira ciclovia e será grandiosa. Serão 44 quilômetros de pista conectando os mais de 20 setores da cidade – do Pistão Sul ao Norte, passando pelo Setor M Norte e QNL, até o setor Primavera. Antiga demanda da comunidade local, o projeto já está no papel e deve custar R$ 40 milhões.
A ciclovia vai conectar os bairros, ruas, escolas, hospitais e outros equipamentos públicos. “Estamos pensando no contexto local, de vizinhança. A Ciclovia Regional de Taguatinga visa costurar todas as áreas residenciais da cidade, dos setores A ao M, de Norte a Sul”, comemora o administrador da cidade, Renato Andrade dos Santos.
O projeto da ciclovia é arrojado. A proposta é de que, além do convencional, ou seja, a própria pista e o percurso atrativo, ela tenha cinco pontos de apoio, em locais estratégicos, como nas principais entradas da cidade. Esses pontos de apoio abrigariam praças, onde o ciclista teria um local para estacionar o carro, se for o caso, deixar a bicicleta e até comprar um lanche em um food truck ou lanchonete.
“A execução do projeto da ciclovia será feita pelas secretarias de Mobilidade e de Obras, mas vamos buscar parceria da Novacap e os recursos para viabilizar a obra por meio de emendas parlamentares’, explica André Sousa de Araújo, coordenador de Licenciamento e Obras da administração de Taguatinga.
Pedalando para o trabalho
Antes da pandemia da covid-19, o agente administrativo Alessandro Rodrigo de Andrade, 45 anos, pedalava pelo menos três vezes por semana da CNB 11, Taguatinga Norte, onde mora, até o local do trabalho, no Setor Comercial Sul, Plano Piloto.
Hoje em dia, trabalhando de casa, Alessandro torce para que a ciclovia de Taguatinga se torne realidade. “Vai ser muito útil se ela realmente sair do papel. Vai evitar de andarmos em uma avenida juntos com os carros. A maioria dos motoristas não respeita os ciclistas. Além disso, ela vai se interligar com as ciclovias da EPTG, Ceilândia e Samambaia”, explica Alessandro.
Potencial
Utilizar a bike para ir ao trabalho ou à escola é a realidade de muitos moradores de Taguatinga, segundo a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), feita pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).
Os resultados reforçam o potencial de utilização da ciclovia pela comunidade local. Mais de 84% da população de Taguatinga mora e trabalha ou mora e estuda na cidade. Outro dado levantado é que 24% dos entrevistados têm bicicleta em casa, mas menos de 2% a usam para ir ao trabalho.
“A ciclovia é mais que um hobby dos amantes do pedal para fazer ali a sua atividade física, diurna ou noturna. Ela é um instrumento para as pessoas irem para o trabalho e escola”, explica o Erick Mendonça, diretor de Ordenamento Territorial da administração de Taguatinga.
Apresentação
O projeto da ciclovia foi feito pela Gerência de Elaboração e Aprovação de Projetos (Geapro), a partir de dados da Pdad e estudos do mapa de ciclovias da região metropolitana Ceilândia, Samambaia e Águas Claras. Também foram ouvidos os líderes comunitários e representantes da sociedade civil.
Em 29 de abril, o projeto foi apresentado à comunidade local. O objetivo foi promover um processo participativo. Além de tomar conhecimento do projeto, a comunidade vai poder opinar sobre o projeto.
Binário Samdu/Comercial
Taguatinga pode ter uma segunda ciclovia. O trecho, especificamente destinado aos ciclistas, está inserido no Projeto do Sistema Viário para o binário Samdu/Comercial, já aprovado pela secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).
O projeto prevê a remodelação das duas avenidas, com relação à dimensão, espaços de meios-fios, pavimentação, calçadas, estacionamentos e acessibilidade, além do mobiliário, como paradas de ônibus, sinalização, lixeiras e bancos.
A ciclovia entra nessa requalificação. Ela terá 7km, sendo 3,5km na avenida Samdu e os outros 3,5km na avenida Comercial Norte. “Elas correm paralelas e se conectarão pela avenida Hélio Prates, avenida Central e também pelas vias que ligam uma avenida à outra, que são vias locais e que podem ser compartilhadas”, explica Rejane Jung Viana, coordenadora de Projetos Substituta da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh.
Para o projeto que requalifica o Sistema Viário das avenidas Samdu e Comercial Norte sair do papel depende da instalação de um sistema de drenagem. O projeto Drenar Taguatinga, da secretaria de Obras e Infraestrutura, prevê o trabalho.
“Está em processo de licitação a contratação de empresa responsável pela atualização dos projetos de drenagem urbana dos Lotes 2 e 3 da Região Administrativa de Taguatinga. Além da reavaliação da rede existente e da readequação dos projetos de drenagem, a contratada deverá apontar soluções para recomposição do pavimento asfáltico, meio-fio e sinalização viária. O investimento estimado é de R$ 1,2 milhão”, informa nota da secretaria de Obras.


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