Trânsito na Esplanada dos Ministérios será interditado e Praça dos Três Poderes será fechada. Todos os manifestantes serão revistados
As forças de segurança do Distrito Federal estarão nas ruas para garantir que as manifestações marcadas para o próximo dia 7 de setembro sejam realizadas de forma tranquila. O trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios será interrompido e cinco mil policiais serão mobilizados para manter a ordem nos protestos. A secretaria DF Legal também vai reforçar a fiscalização para garantir que os estabelecimentos comerciais, principalmente bares e restaurantes, cumpram os protocolos sanitários contra a covid-19.
As medidas foram anunciadas na tarde desta terça-feira (31) em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, pelos secretários da Casa Civil, Gustavo Rocha, de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo, e o de Proteção da Ordem Urbanística, Cristiano Mangueira de Sousa. “Foi feita toda uma preparação para organizar a realização dessas manifestações”, resumiu o chefe da Casa Civil. “É direito do cidadão se manifestar e dever do estado zelar para que essas manifestações sejam realizadas de forma pacífica”, completou.
Segundo o delegado Júlio Danilo, a Secretaria de Segurança Pública já tem o cadastro de 16 grupos que pretendem se manifestar no Dia da Independência do Brasil: 13 deles a favor do governo federal e três contra. De acordo com o protocolo padrão utilizado pelas forças de segurança pública do DF em outras manifestações ocorridas ao longo do ano, o trânsito na Esplanada dos Ministérios será interrompido e a Praça dos Três Poderes deverá permanecer fechada ao longo do dia.
Os detalhes das ações, como o horário de fechamento da Esplanada, serão divulgados no fim da semana. “Pode ser que o trânsito seja interrompido na segunda-feira”, afirmou. “Brasília é palco de grandes manifestações e a Esplanada dos Ministérios tem a vocação de receber essas manifestações. Nós recebemos inúmeros protestos ao longo do ano”, ressalta o secretário.
Revista
Um esquema de revista será adotado para impedir que as pessoas entrem na área destinada às manifestações com objetos que podem se transformar em arma branca, como garrafas de vidro e pedaços de ferro ou madeira — que pode ser o porta-bandeira. Álcool líquido também não será permitido. A Secretaria de Segurança pede que os manifestantes levem álcool gel.
Além disso, as equipes de segurança dos órgãos nacionais reforçarão a segurança, fazendo a proteção dos prédios públicos, como o Congresso Nacional, a sede do Supremo Tribunal de Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Uma operação do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) será feita nas vésperas do feriado para retirar qualquer tipo de material que pode ser usado de forma indevida.
O trabalho envolverá o efetivo das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Trânsito (Detran), do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e dos fiscais do DF Legal, que vão coibir a venda de comida e bebidas por ambulantes.
Aglomerações
O secretário Cristiano Mangueira de Sousa garante que o DF Legal estará atento ao cumprimento das regras estabelecidas nos decretos editados pelo governador Ibaneis Rocha. Segundo ele, a fiscalização será reforçada no feriado prolongado com 150 agentes que vão atuar em todas as regiões administrativas. “Nós detectamos ao longo dos últimos 30 dias, por meio de um serviço de inteligência, que alguns bares estavam travestindo a venda de ingressos como cobrança de reserva de mesa e couvert artístico”, disse.
Gustavo Rocha ressaltou que a maioria dos bares e restaurantes do DF seguem as normas para evitar a contaminação de covid-19. Há alguns estabelecimentos, cerca de 20 segundo o DF Legal, que promovem festas e aglomerações. Todos eles estão interditados e sujeitos à multa em dobro se flagrados em funcionamento. “Uns poucos estão prejudicando todo o setor”, ressaltou o chefe da Casa Civil.
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