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BOMBEIROS DO DF SÃO HOMENAGEADOS POR MISSÃO NO HAITI

Dos 32 militares que integraram a força-tarefa, 24 são do DF. Pela primeira vez houve a participação de mulheres
Vinte e quatro bombeiros do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) receberam, na manhã desta terça-feira (5), Diploma de Reconhecimento pela participação na missão multidisciplinar às vítimas de catástrofe no Haiti. A viagem ocorreu entre os dias 22 de agosto e 12 de setembro e contou com 32 profissionais – entre bombeiros de Brasília e Minas Gerais, além de militares da Força Nacional de Segurança Pública.
A cooperação brasileira atuou por 21 dias no país, após um terremoto e uma tempestade tropical que o atingiram em agosto. O abalo sísmico deixou mais de 1,3 mil mortos e quase 7 mil feridos, além de destruição e danos estruturais em cerca de 30 mil casas, de acordo com números divulgados pela Defesa Civil haitiana.
“Vocês representaram a nação brasileira numa demonstração de heroísmo, solidariedade e humanidade”, afirmou o vice-governador Paco Britto, que destacou, ainda, a rapidez na pronta resposta do CBMDF para compor a missão – apenas quatro dias após o desastre.
“Isso foi motivo de elogios do governo federal. Essa capacidade de ação é o que faz nosso Corpo de Bombeiros ser difusor de capacitação às demais corporações da América Latina e integrar a melhor força de segurança do nosso país, que é a do Distrito Federal”, completou.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Julio Danilo, a agilidade com que os bombeiros do DF se dispuseram a cumprir a missão fora do país demonstra a capacidade de mobilização do CBMDF. “Mostra que as forças de segurança do DF estão prontas para qualquer tipo de missão, a qualquer hora, em qualquer lugar. Por isso, estamos aqui para reconhecer a aceitação de participarem, o empenho, a dedicação que tiveram neste trabalho, humanitário, difícil, levando ajuda e salvando vidas”, enfatizou.
Solidariedade
“Essa missão foi muito exitosa, levou alento à população de lá. Os bombeiros levaram auxílio e solidariedade ao povo haitiano”, afirmou o coordenador-geral da Cooperação Humanitária da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério de Relações Exteriores, José Solla Vázquez Júnior. A Missão de Ajuda Humanitária em Porto Príncipe, capital do Haiti, foi organizada pelo governo federal. Além do Ministério da Defesa, a operação envolveu os ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Relações Exteriores, da Saúde e do Desenvolvimento Regional.
Também com discurso de agradecimento, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do DF, coronel Bonfim, ressaltou que a experiência em participar da missão vivida pelos bombeiros brasilienses “vai marcar por anos. Fico muito feliz com a concretização dessa missão. Deixamos uma semente naquele país. Essa oportunidade da missão é um divisor de águas, levamos carinho e profissionalismo dos nossos bombeiros”.
A tropa do DF foi comandada pelo coronel Teixeira – que também integrou a missão composta por profissionais especialistas em resgate e salvamento, além de possuírem experiência em desastres naturais. “O que temos a dizer hoje são palavras de gratidão, pela oportunidade de participar dessa missão e retornar com o efetivo são e salvo”, disse o militar. “Saímos do Brasil com intenção de ofertar apoio à população haitiana que estava bastante sofrida e retornamos recebendo esse espírito de gratidão por parte de todos”, finalizou.
Os bombeiros montaram base na cidade de Les Cayes, a cerca de 160 km de Porto Príncipe. Os militares atuaram em ações de busca por vítimas, com desobstrução de vias, além de ajudarem na construção e na recuperação de pontes de acesso. O grupo também auxiliou na distribuição de alimentos e primeiros socorros aos feridos, demolição de estruturas comprometidas e construção de abrigos. Diante da dificuldade em encontrar água potável nas comunidades, foram instalados purificadores de água em vários postos de atendimento.
Uma novidade na missão Haiti foi a participação, pela primeira vez, de mulheres do Corpo de Bombeiros em uma ação fora do país. Entre elas, a major Paula Tiemy Nogueira. “Um marco na corporação. Fomos quatro mulheres, todas especializadas, complementando a força-tarefa. Foi muito enriquecedor. Um crescimento pessoal e profissional”, explicou.

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