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Governo Biden vai tirar as FARC da lista de organizações terroristas

Por Lucas Ribeiro
Anúncio foi recebido com indignação por conservadores na Colômbia e nos Estados Unidos. Na prática, a organização criminosa de extrema-esquerda continua ativa
Governo Biden informou nesta semana que os Estados Unidos vão retirar a Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) da lista de organizações terroristas estrangeiras. A medida vem complementar o infame acordo de paz estabelecido entre o ex-presidente Juan Manuel Santos e o grupo narcoterrorista, durante o governo Obama.
“Isto é um tapa na cara dos colombianos por parte da Administração do presidente Biden. Como é possível que a administração e o Departamento de Estado tenham beneficiado as FARC ― um grupo que há 60 anos vem destruindo, matando, sequestrando, estuprando, traficando?”
A revista colombiana Semana promoveu um debate entre os senadores Antonio Sanguino e Ciro Ramírez.
O senador colombiano e ex-guerrilheiro Antonio Sanguino celebrou a decisão:
“Temos que ser muito responsáveis. Não podemos brincar com vidas humanas, e menos ainda com a vida das pessoas que fizeram um compromisso de paz. A medida do governo Biden é uma boa mensagem de respaldo do governo dos Estados Unidos ao acordo de paz”.
 
O senador Ciro Ramírez, do Centro Democrático, aprofundou o debate, explicando que a medida engloba membros do Comunes (partido legalizado das FARC), mas que diversas lideranças criminosas vinculadas as FARC seguirão nas listas de terroristas, como Gentil Duarte e integrantes da Segunda Marquetália (dissidência das FARC).
“Além disso, há ordens de captura para aqueles que seguem na delinquência ― como Santrich, Iván Márquez, Romaña, entre outros.”
Ciro Ramírez ainda apontou a contradição daqueles que criticam o governo Duque por não cumprir a implementação do acordo, mas silenciaram quando as FARCs se negaram a entregar informações sobre rotas de narcotráfico ou a manifestar arrependimento pelos crimes cometidos.  
“Esses ex-guerrrilheiros que estão no Congresso não são pobres anjinhos, e fingem não terem cometido os crimes mais atrozes por décadas.”
As FARC continuam existindo como organização de narcotráfico. A extrema-esquerda colombiana segue a velha estratégia de manter simultáneamente um braço político legalizado e uma organização clandestina.
Existem algumas diferenças de poder entre os setores da FARC que conseguiram sua liberdade e estão no Congresso Colombiano e aqueles que seguem na selva no seu labor revolucionário e criminoso. Contudo, é preciso uma grande dose de ingenuidade ou desonestidade intelectual para acreditar que as “dissidências” da FARC não vão apoiar financeiramente o seu partido político.
Fonte: Brasil Sem Medo
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