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Por que o senador Eduardo Girão quer você desarmado


Por Cristian Derosa
nteresses comerciais da indústria da segurança privada representam um dos tantos obstáculos ao direito de legítima defesa dos cidadãos
Conhecido por posicionamentos pró-governo e contra a legalização do aborto, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) chamou a atenção nesta quarta-feira (15) ao atuar em conjunto com partidos como o PT para impedir que o PL das armas fosse votado no Senado. A causa do desarmamento é cara ao senador espírita que tem apoio de setores católicos pacifistas nesta questão.
Mas diferente do pacifismo tradicional, Girão pode não ser exatamente um inimigo mortal das armas. A história profissional do senador cearense está intimamente associada a um dos setores mais interessados em impedir o acesso de cidadãos à legítima defesa: o setor da segurança privada.
Colocado para votação com urgência, o PL 3.723/2019, de autoria do governo, visa estabilizar juridiacamente os direitos adquiridos através de um decreto de Bolsonaro que corre o risco de ser derrubado pelo STF em caráter liminar. A atuação de Girão foi determinante para que a votação fosse adiada, o que pode pôr em risco direitos de atiradores esportivos e da legítima defesa de cidadãos.
Não há nenhuma prova de que o senador esteja atuando em favor de empresas das quais já se desligou. Mas o longo tempo de atuação em um setor tão interessado em prestar serviços a cidadãos desarmados deveria acender um alerta sobre o conflito de interesses mesmo entre políticos que aprenderam a surfar na onda conservadora, mostrando-se revolucionários e perigosos contra direitos fundamentais em momentos chave como foi a sessão desta quinta-feira.
Com suas palavras afáveis e tom pacificador, Girão foi uma voz importante em favor do governo durante a CPI da Covid. Criticou a politização do tratamento da doença, peitou as farmacêuticas. Mas no primeiro dia da CPI, ouviu-se da boca do senador elogios rasgados ao senador Renan Calheiros por sua atuação em favor do desarmamento da população. Naquele momento, diante de uma CPI inquisitorial composta por corruptos, aquela estranha e injustificada sintonia pareceu um problema menor.
No entanto, está muito claro que o senador que atuou com força para impedir a votação de PL que mantém direito do cidadão possuir armas, não odeia armas. A menos que tenha desenvolvido esse ódio após 2019, depois de anos atuando com segurança particular armada.
Em uma busca rápida na internet, o senador aparece ligado a empresas de transportes de valores e segurança privada nos estados do Ceará e Piauí. Em pelo menos três empresas do mesmo setor especialmente interessado na prestação do serviço armado, o senador aparece como ex-sócio.
Empresas como:
Ceará Segurança Eletrônica e Serviços,
Padrão 1000 Service Company Segurança Especializada e Transporte de Valores e,
Bank S Segurança e Transporte de Valores
Ainda que algumas delas não estejam mais em funcionamento, o histórico empresarial do senador demonstra a sua possível relação com o lobby desarmamentista, o que no mínimo deveria lançar suspeitas sobre o seu suposto pacifismo, ligado ou não a interesses comerciais.
Após anos de atuação no setor, em 2019 o senador anunciou o seu desligamento das empresas, segundo ele para manter a coerência do discurso e a independência do mandato no Senado. Mas o vínculo histórico com empresas do setor faz do senador uma parte obviamente interessada em não prejudicar a prestação do serviço para o qual tanto contribuiu.
Fonte: Brasil Sem Medo
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