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Reino Unido, Canadá e Austrália aderem ao boicote aos Jogos de Inverno na China

Após os EUA declararem um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno na China devido a abusos de direitos humanos no país comunista, outros países também aderiram ao protesto nesta semana.
O Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram que não enviarão representantes do governo aos Jogos de Pequim em fevereiro. O boicote diplomático é uma medida para expressar críticas ao país sede, mas sem impedir a participação dos atletas na competição.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, confirmou nesta quarta-feira (8) que haverá um boicote aos Jogos na China. “Não apoiamos boicotes esportivos, mas certamente não há planos para ministros participarem das Olimpíadas de inverno", disse Johnson em sessão do parlamento.
No mesmo dia, o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, informou que o país não enviará representantes oficiais aos Jogos por uma série de divergências com o governo chinês e a situação dos direitos humanos no país comunista.
"A Austrália não se desviará de uma posição forte na defesa dos interesses da Austrália e, obviamente, não é surpresa que não enviaremos representantes australianos para estes Jogos", declarou Morrison.
China promete contra-medidas
Antes do boicote dos EUA ser anunciado, na segunda-feira (6), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, afirmou que a atitude do governo americano se trata de uma "provocação política direta" e prometeu contra-medidas. “Os Estados Unidos pagarão o preço por suas decisões equivocadas", declarou Zhao.
Em resposta ao boicote da Austrália, um porta-voz da diplomacia chinesa, Wang Wenbin, afirmou que o país não tinha a intenção de convidar as autoridades australianas para o evento. 
"Ninguém se importa se eles vêm ou não, suas manobras políticas e pequenos truques não vão mudar em nada o sucesso dos Jogos Olímpicos", afirmou. 
Preocupação com os uigures
Em fevereiro deste ano, o Guiame publicou uma matéria mostrando que mulheres estão sofrendo estupro e tortura nos tais “campos de reeducação” pelos líderes comunistas do país.
Durante reunião da terceira comissão da Assembleia Geral da ONU, em outubro deste ano, 43 países exigiram que a China “garanta o respeito do Estado de Direito” aos uigures em Xinjiang.
“Estamos particularmente preocupados pela situação na região autônoma uigur de Xinjiang”, ressaltou o diplomata francês, citando relatos críveis da existência de “campos de reeducação política onde mais de 1 milhão de pessoas estão detidas arbitrariamente”.
A declaração do diplomata fala também de tratamento cruel, desumano e degradante, esterilização forçada, violência sexual e de gênero, e separação forçada de crianças, voltadas “desproporcionalmente aos uigures e aos membros de outras minorias”. 
Os cristãos chineses, em particular, têm sido perseguidos e ameaçados a enviar seus filhos para campos de reeducação do governo. Uma das formas de pressionar os pais é dizendo que vão retirar a guarda deles sobre seus próprios filhos.
Fonte: Guiame
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