Os avisos foram espalhados por todo o país
A Rússia está recrutando voluntários e formando batalhões para juntarem-se à chamada “operação militar especial” declarada pelo presidente Vladimir Putin na Ucrânia.
Ao todo, mais de 30 mil voluntários podem ser mobilizados para complementar as fileiras russas esgotadas por cinco meses de combate — entre um quarto e um terço da força mobilizada para conquistar a região leste de Donbas, onde a maioria dos voluntários provavelmente será enviada.
Esses batalhões são uma maneira de aumentar o efetivo militar da Rússia sem uma medida tão drástica.
Na semana passada, Richard Moore, chefe do MI6, serviço secreto de inteligência do Reino Unido, disse à CNN, que “os russos terão cada vez mais dificuldade em fornecer mão de obra e material nas próximas semanas”.
Os “convites” foram espalhados pelo país
“O Kremlin supostamente ordenou que todos as 85 regiões da Federação Russa mais a Crimeia ocupada e Sebastopol recrutassem batalhões voluntários para evitar declarar mobilização parcial ou total na Rússia”, disse Kateryna Stepanenko, pesquisadora russa do Instituto para o Estudo da Guerra em Washington.
As qualificações exigidas para ingressar variam de lugar para lugar. Um folheto on-line em Kazan, no Tartaristão, disse: “Convidamos homens com menos de 49 anos que serviram anteriormente nas forças armadas e oferecemos um contrato de quatro meses em sua especialização militar.”
Em outros lugares, homens até a idade de 60 anos sem antecedentes criminais são elegíveis. Muitas vezes, não há exigência de experiência militar anterior listada em avisos on-line.
A postagem do Perm — sob a manchete “Um trabalho para homens de verdade” — busca “patriotas corajosos, ousados, corajosos, autoconfiantes, extraordinários e completos de nossa nação”.
De acordo com as postagens, cerca de um mês é destinado ao treinamento — não muito para uma situação em que os recrutas têm pouca ou nenhuma experiência militar.
O recado foi espalhado de Murmansk, no Círculo Polar Ártico, à Perm, nos Urais, e Primorsky Krai, no Extremo Oriente russo.
Fonte: Revista Oeste
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