Por Diógenes Freire
A ex-ministra havia desistido de concorrer a uma vaga no Senado pelo DF para dar espaço à escolha de Bolsonaro: a também ex-ministra Flávia Arruda, esposa do ex-governador José Roberto Arruda
A ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves disse ter reconsiderado candidatura ao Senado pelo DF para defender o legado de Bolsonaro. A ex-ministra disse que a decisão foi motivada pela traição do ex-governador do DF, José Roberto Arruda (PL). A candidatura de Damares foi oficializada na última sexta-feira (5).
O ex-governador é casado com Flávia Arruda, também ex-ministra do atual governo, lançada como candidata ao Senado pelo DF por Bolsonaro.
À Folha de São Paulo, Damares disse que Flávia Arruda não defende o governo federal, nem as ações de Bolsonaro. O ex-governador também teria afirmado que não iria pedir voto para o presidente.
Em julho, Damares havia anunciado sua desistência de concorrer a uma vaga no Senado pelo DF para dar espaço à escolha de Bolsonaro.
“Houve realmente um acordo da direita estar junto, mas a direita estava brigando entre si. O que a gente viu? Arruda declarar que não vai pedir voto para presidente da República. Essas motivações políticas também me fizeram repensar. Venho para esse pleito também como prioridade a reeleição do presidente. E os bolsonaristas se identificam comigo”, disse Damares.
A ex-ministra também ressaltou a falta de identificação de Flávia Arruda com o público evangélico, o que poderia fazer com que perdesse votos no segmento.
Além disso, o ex-governador teria xingado Damares em uma reunião com apoiadores da ex-ministra.
“Ouvi que o Arruda dizia que eu era uma jocosa, ridícula, fanática. Falou horrores. Pessoas muito próximas a mim estavam em reunião e ele não sabia. Arruda não morre de amores por mim”, revelou.
A candidatura de Damares ressurge com o endosso da Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro.
“Tanto eu como a Flávia não seríamos irresponsáveis de colocar o presidente da República na parede. O presidente tem que cuidar da campanha dele. Ele tem que ganhar a eleição. Então, o presidente da República não vai se envolver na campanha local”, disse Damares.
Fonte: Brasil Sem Medo
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