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Defesa de Bolsonaro quer derrubar sigilo de investigação

Por Diógenes Freire
Bolsonaro é alvo de um inquérito que tem como objeto uma reunião em que o ex-presidente apresentou indícios de falhas das urnas eletrônicas a 40 embaixadores 
Depois que o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a defesa do ex-mandatário pediu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) derrube o sigilo do inquérito que tem como objeto uma reunião em que Bolsonaro apresentou indícios de falhas das urnas eletrônicas a 40 embaixadores.
O pedido de retirada do sigilo foi feito pelo advogado de Bolsonaro, o ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira de Carvalho Neto. De acordo com Carvalho Neto, desde que o MPE defendeu a inelegibilidade do ex-presidente, a defesa não teve condições de analisar a ação para atender a imprensa.
O parecer do MPE foi assinado pelo vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, e foi entregue na noite da última quarta-feira (12) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 
A reunião
Ao se reunir com embaixadores no Palácio da Alvorada, no dia 18 de julho de 2022, o presidente Jair Bolsonaro disse que “é o TSE quem atenta contra a democracia ao esconder o inquérito de 2018” e apresentou inúmeros indícios de fraude no sistema eleitoral. 
Para provar suas denúncias, o presidente fez referência ao inquérito que apura a invasão de um hacker ao sistema do Tribunal antes das últimas eleições presidenciais.
O mesmo inquérito foi mostrado pelo presidente numa live em agosto de 2021. Cinco dias depois, o TSE enviou uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a apuração de eventual crime cometido pelo presidente ao mostrar o inquérito que, supostamente, estaria sob sigilo. 
Em fevereiro deste ano, a Corregedoria da Polícia Federal concluiu que não houve irregularidades na divulgação do inquérito. A corregedoria foi acionada pelo fato de ter sido o delegado Victor Fernandes o responsável por entregar o inquérito ao deputado Filipe Barros, que participou da live ao lado de Bolsonaro. 
Antes de dar a declaração, o presidente detalhou diversos ataques do TSE e do STF que culminaram na atual crise entre o judiciário e o executivo. Segundo um levantamento da Gazeta do Povo, entre 2019 e 2021, o STF atacou o governo cerca de 123 vezes.
Fonte: Brasil Sem Medo
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