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‘ONGs são uma verdadeira pandemia’, diz liderança indígena em CPI

Lideranças indígenas e autoridades ambientais denunciam a atuação das organizações na região amazônica
O Cacique da aldeia Bragança, Miguel dos Santos, afirmou que as Organizações não Governamentais (ONGs) são uma verdadeira pandemia e que as organizações compram e dominam lideranças indígenas.
“[…] Dá medo entrar na floresta e topar com gringo e drones, para eu entrar na minha terra eu tenho que pedir licença, as ONGs compram e dominam nossas lideranças. Meu próprio irmão não me conhece mais. ONGs são uma verdadeira pandemia”, declarou.
A fala do Cacique foi relatada nesta terça-feira (4) no Plenário do Senado durante a sessão desta terça da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga falcatruas de ONGs.
Além de Miguel, outras lideranças indígenas e autoridades ambientais denunciaram e criticaram a atuação das organizações.
O conselheiro ambiental Marcelo Nokey afirmou que a comunidade sofre com a atuação e falsa política de ajuda das ONGs.
“[…] Essas pessoas são vítimas dessa política ambiental das ONGs, ali é como se fosse uma câmara de gás verde. Essas pessoas foram arrebatadas por essa política ambiental, que a gente chama de política ambiental da caixa vazia”, afirmou.
O conselheiro ambiental comentou ainda que a pobreza na região da Amazônia está aumentando e supõe que se há alguma ajuda internacional repassada para as ONGs, esse recurso não chega nas comunidades.
“[…] Se manda recurso internacional esse recurso não chega. Não consegue levar alimento, porque infelizmente, o que nós da Amazônia vivemos o satélite não vê, pois só vê desmatamento, queimada, mas não vê nossa realidade, essa realidade. Então a caixa que foi paga pelos recursos internacionais está vazia. A degradação social, a pobreza e a miséria só vem aumentando”, acrescentou Marcelo Nokey.
Outra liderança indígena que fez críticas sobre a atuação das organizações na região amazônica foi Luciene Kujãesage Kayabi, que apontou que as ONGs estrangeiras estão enriquecendo às custas dos recursos da Amazônia, enquanto os indígenas e comunidades da região continuam vivendo na pobreza.
“As ONGs estrangeiras precisam do domínio dos povos indígenas para que possam dominar nossas florestas e nossas riquezas. Em contrapartida todos enriquecem, menos nós”, declarou.
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