Por Paulo Moura
Executivos de construtoras como a Novonor, antiga Odebrecht, se reuniram com o ministro Fernando Haddad
Um grupo formado por 18 empresas, entre elas algumas das principais construtoras do Brasil e que chegaram a ser investigadas na Operação Lava Jato, aproveitaram a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Angola para pedir a reabertura dos financiamentos no país. O valor do crédito solicitado pode chegar a 100 milhões de dólares (R$ 487 milhões).
Há oito anos, casos de corrupção desvendados pela Lava Jato paralisaram as operações de crédito no país africano. No entanto, agora executivos da Novonor (antiga Odebrecht), da Andrade Gutierrez e da Queiroz Galvão reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Hotel Intercontinental, o mais luxuoso da capital angolana, para pedir a volta de projetos no país.
De acordo com uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, Haddad orientou que os empresários manifestem seus interesses por meio de uma carta à sociedade, ao Executivo e ao Congresso. O passado recente da relação entre o Brasil e Angola, porém, é marcado por denúncias de corrupção.
Em um acordo de leniência nos Estados Unidos, por exemplo, a construtora Odebrecht confessou o pagamento de propinas estimadas em 788 milhões (R$ 3,85 bilhões) a políticos e servidores em 12 países, inclusive Brasil e Angola.
Além disso, o próprio presidente Lula virou réu numa ação penal, acusado de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência internacional, em decorrência de delações dos executivos da construtora. O caso ficou conhecido como “esquema Angola” e foi apurado na Operação Janus.
Ex-executivos da Odebrecht chegaram a relatar conversas com pedido de ajuda a Lula e havia suspeita de repasses de R$ 30 milhões à empresa de um sobrinho de Lula e pagamentos por palestras do petista, como contrapartida, além de despesas de familiares. Lula negou irregularidades, e sua defesa conseguiu encerrar o processo no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Entre 2007 e 2015, a Odebrecht contratou 3,3 bilhões de dólares (R$ 16,1 bilhões na cotação atual) para obras em Angola, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Incluídos nessa cifra, estiveram financiamentos para duas hidrelétricas – Cambambe e Laúca – que somaram mais de 1 bilhão de dólares (R$ 4,88 bilhões na atual cotação).
Um grupo formado por 18 empresas, entre elas algumas das principais construtoras do Brasil e que chegaram a ser investigadas na Operação Lava Jato, aproveitaram a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Angola para pedir a reabertura dos financiamentos no país. O valor do crédito solicitado pode chegar a 100 milhões de dólares (R$ 487 milhões).
Há oito anos, casos de corrupção desvendados pela Lava Jato paralisaram as operações de crédito no país africano. No entanto, agora executivos da Novonor (antiga Odebrecht), da Andrade Gutierrez e da Queiroz Galvão reuniram-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Hotel Intercontinental, o mais luxuoso da capital angolana, para pedir a volta de projetos no país.
De acordo com uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, Haddad orientou que os empresários manifestem seus interesses por meio de uma carta à sociedade, ao Executivo e ao Congresso. O passado recente da relação entre o Brasil e Angola, porém, é marcado por denúncias de corrupção.
Em um acordo de leniência nos Estados Unidos, por exemplo, a construtora Odebrecht confessou o pagamento de propinas estimadas em 788 milhões (R$ 3,85 bilhões) a políticos e servidores em 12 países, inclusive Brasil e Angola.
Além disso, o próprio presidente Lula virou réu numa ação penal, acusado de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência internacional, em decorrência de delações dos executivos da construtora. O caso ficou conhecido como “esquema Angola” e foi apurado na Operação Janus.
Ex-executivos da Odebrecht chegaram a relatar conversas com pedido de ajuda a Lula e havia suspeita de repasses de R$ 30 milhões à empresa de um sobrinho de Lula e pagamentos por palestras do petista, como contrapartida, além de despesas de familiares. Lula negou irregularidades, e sua defesa conseguiu encerrar o processo no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Entre 2007 e 2015, a Odebrecht contratou 3,3 bilhões de dólares (R$ 16,1 bilhões na cotação atual) para obras em Angola, segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Incluídos nessa cifra, estiveram financiamentos para duas hidrelétricas – Cambambe e Laúca – que somaram mais de 1 bilhão de dólares (R$ 4,88 bilhões na atual cotação).
Fonte: Pleno News
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