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Bolívia: Socialismo e a escassez de recursos naturais

O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou na semana passada que as reservas de gás natural do país estão se esgotando e que isso levará à interrupção das exportações para Argentina e Brasil. O anúncio foi recebido com preocupação, já que o gás natural representa cerca de 7,4% do PIB da Bolívia.
A falta de investimento em exploração e desenvolvimento durante os anos de gestão estatal é apontada como um dos principais fatores para o esgotamento dos recursos. O especialista Hugo del Granado ressaltou que "os diferentes governos do MAS negligenciaram a exploração e dedicaram-se apenas à exploração intensiva dos campos descobertos".
O próprio presidente Arce assumiu que as reservas esgotadas não estão sendo compensadas por novas: "Perdemos muitas reservas de gás neste tempo, não foram repostas e por isso o país não tem capacidade para produzir mais".
A situação também traz implicações diplomáticas. Arce propôs ao governo argentino a assinatura de um novo adendo ao contrato atual, mas a proposta ainda não teve resposta. A empresa estatal boliviana YPFB sugeriu um "contrato interrompível", o que implica em fornecer gás apenas quando houver disponibilidade.
O episódio envolvendo o esgotamento das reservas de gás na Bolívia confirma a célebre frase de Milton Friedman: "Se colocarem o governo para administrar o deserto do Saara, em cinco anos faltará areia". O caso da Bolívia demonstra como a gestão estatal, especialmente sob regimes socialistas, pode levar a ineficiências e, finalmente, à escassez.
O governo boliviano, que controla a produção de gás natural, mostrou negligência em investir em exploração e desenvolvimento, concentrando-se apenas na exploração intensiva de campos já conhecidos. O resultado é uma escassez que não apenas afeta a economia doméstica, mas também põe em tensão relações diplomáticas com países vizinhos.
A situação da Bolívia serve como um exemplo crítico de como a administração governamental de empresas ou bens, sob um sistema socialista, frequentemente culmina em escassez e problemas econômicos de longo alcance.

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