Massa, do partido Unión por la Patria (esquerda), e Milei, do partido La Libertad Avanza (direita), se enfrentarão no segundo turno das eleições presidenciais, que será realizado em 19 de novembro. Massa lidera com 37% dos votos, enquanto Milei obteve 30%
O candidato à presidência na Argentina, Javier Milei, em disputa pela liderança da Casa Rosada com o atual ministro da Economia, Sergio Massa, reconheceu sua afinidade com o ex-presidente Mauricio Macri (2015-2019), líder do partido de centro-direita Juntos pela Mudança, o mesmo partido pelo qual Patricia Bullrich concorreu nas eleições. "Se Bullrich quiser aderir, como posso não incorporá-la? Se ela teve sucesso no combate à insegurança, não temos problema", afirmou em declarações recentes.
Em uma entrevista concedida à imprensa argentina, o candidato libertário assegurou que a ex-ministra da Segurança no governo Macri terá um espaço garantido em seu governo, caso seja eleito em novembro. Milei declarou na última segunda-feira (23) que está "determinado a lutar incansavelmente para derrotar o kirchnerismo".
"Resolvemos nossas questões de uma forma mais dura, mas o inimigo em comum continua sendo o kirchnerismo. Convido-os a participar, a se juntarem a mim nesta luta contra o kirchnerismo. Vamos recebê-los", salientou o candidato, fazendo referência ao terceiro partido mais votado nas eleições, cuja candidata, Patricia Bullrich, obteve 23,83% dos votos.
O economista enfatizou sua determinação em "resolver os problemas da Argentina, em vez de realizar experimentos laboratoriais", justificando a necessidade de adotar uma abordagem pragmática. "Dois terços da Argentina querem algo diferente do kirchnerismo. Se não acabarmos com o kirchnerismo é porque somos irresponsáveis", advertiu Milei, aludindo aos outros partidos políticos que competiram no primeiro turno no domingo (22).
Os resultados das eleições presidenciais de domingo apontaram para um segundo turno entre Massa e Milei para definir o próximo presidente da Argentina, que assumirá o cargo a partir de 10 de dezembro para o mandato de 2023-2027.
Massa, do partido Unión por la Patria (esquerda), e Milei, do partido La Libertad Avanza (direita), se enfrentarão no segundo turno das eleições presidenciais, que será realizado em 19 de novembro. Massa lidera com 37% dos votos, enquanto Milei obteve 30%. Patricia Bullrich, do Juntos por el Cambio (centro), ficou em terceiro lugar, com 23% dos votos. O peronista Juan Schiaretti, do Hacemos por Nuestro País, obteve 7%, e Myriam Bregman, do Frente de Izquierda (extrema-esquerda) atingiu 2,6%.
O argentino libertário, opositor ao establishment socialista da Argentina, é também um crítico ferrenho de Lula, a quem chama de “ladrão”, “comunista” e “presidiário”, e recebeu o apoio do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), que o vem elogiando frequentemente nas redes sociais.
Ainda, Milei prometeu cortar relações comerciais com o Brasil caso seja eleito, pois se recusa a dialogar com comunistas.
“Não só não farei negócios com a China, como não farei negócios com nenhum comunista. Sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os comunistas não se enquadram nisso, nem os chineses, nem Putin, nem Lula”, afirmou em entrevista ao americano, Tucker Carlson, no mês de setembro.
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