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Petrobras quer retomar investimentos na Venezuela

Por Loriane Comeli
O anúncio foi feito na quinta-feira 19 pelo presidente da estatal , Jean Paul Prates
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou na quinta-feira 19 que pensa seriamente em voltar a investir no setor de petróleo da Venezuela, cujo ditador Nicolás Maduro é aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Vamos colocar a Venezuela no mapa de novo”, disse Patres em live promovida pela agência EPBR. A declaração vem depois que os Estados Unidos retiraram parte das sanções impostas à Venezuela, país com uma das maiores reservas de petróleo do mundo. Até agora, os EUA proibiam qualquer transação com empresas controladas pela PDVSA, a estatal de petróleo venezuelana.
A decisão norte-americana veio em decorrência de uma promessa de Maduro de fazer eleições livres e limpas em 2024. O ditador se comprometeu a permitir acompanhamento do processo eleitoral por observadores externos e a libertar presos políticos.
O presidente Lula comemorou o acordo de Maduro com a oposição e, agora, a Petrobras anuncia possíveis investimentos na Venezuela. Segundo ele, a decisão de investir no país de Maduro “absolutamente não tem nada a ver com questões ideológicas e afinidades políticas que possam haver entre os dois países, os dirigentes”.
A petrolífera brasileira já foi sócia da PDVSA em projetos de exploração de petróleo naquele país e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, um dos pivôs da Operação Lava Jato. Nenhum projeto avançou.
Presidente da Petrobras não especificou investimentos na Venezuela
Na live, o presidente da Petrobras disse que a Venezuela precisa de investimentos para recuperar a indústria de petróleo do país, deteriorada sob o regime de Maduro, e que a estatal brasileira pode ajudar nesse processo. “Eles estão muito necessitados de investimentos lá”, declarou. “Nós, o Brasil, e dentro do Brasil, a Petrobras, seremos protagonistas dessas discussões. Aí vamos tomar decisões.
Prates também comentou o interesse dos EUA na parceria com a Venezuela. Para ele, a decisão do governo norte-americano mira 30 anos à frente, apesar de hoje serem os Estados Unidos os maiores produtores de petróleo do mundo, por causa do xisto. “A Venezuela é um dos países que têm condições de produzir as últimas gotas de petróleo do mundo. Se atrasar esse processo, vai perder o trem da história.”

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