O presidenciável Javier Milei não escondeu sua postura firme contra o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Em um pronunciamento nesta quarta-feira, Milei descartou qualquer possibilidade de encontro diplomático com Lula, caso vença as eleições argentinas, segundo reportagem do Clarin.
Conhecido por suas convicções libertárias e pelo apoio recebido de figuras como o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Milei não poupou palavras ao referir-se a Lula como “corrupto”, um termo ecoado ao longo da campanha.
Durante uma entrevista com o jornalista Jaime Bayly do Peru, o candidato argentino delineou uma política externa de corte radical, prometendo o retorno dos embaixadores de nações que classifica como “ditaduras”, incluindo Venezuela, Cuba, Nicarágua, Coreia do Norte e Irã, além de expressar uma condenação explícita ao que ele chama de “terrorismo” perpetrado por organizações como Hamas e Hezbollah.
Milei, além disso, estendeu suas críticas a líderes que considera “autocratas”, especificamente o presidente russo Vladimir Putin, reafirmando seu apoio à Ucrânia e a Israel frente aos confrontos com o Hamas.
Ao abordar o tema Lula, Milei foi enfático ao classificar o petista como “comunista” e alegou que sua prisão anterior foi justificativa de sua corrupção, proclamando que sob sua liderança na Casa Rosada, a Argentina buscará aliança com os Estados Unidos, Israel e “o mundo livre”.
Contudo, Daniel Scioli, embaixador da Argentina no Brasil, respondeu às alegações de Milei, defendendo Lula ao afirmar que este “não é nem comunista, nem corrupto”. Scioli recordou que as acusações de corrupção contra Lula foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, que reconheceu o uso político da justiça no caso.
Milei está se preparando para o segundo turno das eleições presidenciais contra o atual ministro da Economia, Sergio Massa, no dia 19 de novembro, após um primeiro turno que posicionou Massa ligeiramente à frente.
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