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PGR afasta servidor suspeito de tráfico de armas


O grupo, que o servidor é suspeito de participar, teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão no tráfico de 43 mil armas nos últimos três anos
Wagner Vinicius de Oliveira Miranda, servidor da Procuradoria-Geral da República (PGR), foi afastado de suas funções por 30 dias após ser investigado em uma operação da Polícia Federal (PF) que apura o tráfico internacional de armas.
A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) na Bahia, está em sigilo.
Miranda entrou na mira da PF após os investigadores rastrearem a movimentação financeira de um grupo envolvido no tráfico de fuzis para as principais facções criminosas brasileiras. A Justiça Federal da Bahia determinou o afastamento do servidor por 30 dias.
A Procuradoria-Geral da República esclareceu que, até o momento, não há denúncia criminal contra o servidor. No entanto, outras medidas estão sendo aplicadas durante a investigação. O órgão ressaltou que foram adotadas providências tanto na esfera criminal quanto na administrativa desde o início das investigações.
A operação Dakovo, deflagrada pela PF na semana passada, contou com a cooperação internacional das autoridades do Paraguai e dos Estados Unidos para desarticular a maior quadrilha de contrabando de armas da América do Sul. O grupo teria movimentado cerca de R$ 1,2 bilhão no tráfico de 43 mil armas nos últimos três anos.
Segundo as informações fornecidas pela polícia, as armas eram importadas da Europa para o Paraguai, onde tinham suas numerações de série raspadas para dificultar o rastreamento. Em seguida, eram revendidas por intermediários na fronteira entre Brasil e Paraguai para as principais facções criminosas brasileiras, como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Desde 2020, a polícia apreendeu 659 armas entregues pelo grupo aos criminosos em dez estados brasileiros. Na última terça-feira, a PF identificou o local onde as raspagens das armas eram realizadas.
De acordo com as investigações, a empresa paraguaia importava pistolas, munições e fuzis de fabricantes europeus sediados na Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. A quadrilha operava uma complexa e multimilionária engrenagem de tráfico ilícito de armas de fogo.
O Antagonista


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