Por Fernando Mathias
Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, expressou críticas à proposta de abolir a reeleição para o cargo de presidente da República, uma medida defendida pelo atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Em uma publicação feita no X, anteriormente conhecido como Twitter, Gleisi caracterizou a ideia como oportunista e uma regressão no sistema democrático.
“A proposta para eliminar a reeleição de presidentes, mesmo que entre em vigor apenas em 2030, é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população”, escreveu a deputada.
Ela também destacou que a regra da reeleição foi implementada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, em benefício próprio dos tucanos, e que alterá-la agora seria um retrocesso.
Gleisi observou a diferença na percepção em relação à reeleição com base no partido do presidente em questão. “Quando os tucanos criaram a regra da reeleição, em benefício próprio, as tais elites apoiaram e aplaudiram. Quando presidentes do PT foram reeleitos, aí a reeleição virou problema”, acrescentou.
Ela também apontou que, desde o impeachment de Dilma Rousseff, os poderes presidenciais têm sido progressivamente reduzidos pelo Congresso, particularmente na execução do Orçamento, que beneficia a reeleição da maioria conservadora, prejudicando os interesses do país.
Por outro lado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é um defensor da medida. Ele recentemente expressou seu desejo de debater uma proposta para aumentar o mandato de cargos executivos de 4 para 5 anos e eliminar a reeleição em todo o país.
Pacheco argumentou que a mudança na legislação que permitiu a reeleição para cargos no Poder Executivo em todos os níveis de governo não foi benéfica para o Brasil.
“Eu pergunto: a instituição da reeleição no Poder Executivo foi benéfica para o Brasil? Foi algo bom para o país ou não? Minha percepção é que não foi boa para o país”, afirmou.
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