Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Regime de Putin, acusou os EUA de envolverem o setor privado, notadamente a empresa de Elon Musk, SpaceX, em suas ambições militares no espaço.
Moscou emitiu um aviso direto aos Estados Unidos na última quarta-feira (20/03) alertando que os satélites operados pela SpaceX podem se tornar alvos, especialmente se empregados para propósitos militares, particularmente ligados ao conflito na Ucrânia.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Regime de Putin, acusou os EUA de envolverem o setor privado, notadamente a empresa de Elon Musk, em suas ambições militares no espaço.
A SpaceX desempenhou um papel crucial na infraestrutura militar espacial dos EUA, fornecendo terminais Starlink para comunicações na Ucrânia durante o confronto com a Rússia, e há planos para expandir seu uso para outras finalidades militares.
Zakharova declarou que, caso os satélites da SpaceX sejam utilizados com propósitos militares, seriam considerados alvos legítimos para retaliação, potencialmente abrindo uma nova frente de conflito no espaço.
A reação oficial dos EUA ao alerta russo ainda não foi divulgada, porém especialistas alertam sobre os perigos de uma militarização do espaço, que poderia desencadear uma corrida armamentista com implicações imprevisíveis.
Este episódio evidencia a crescente deterioração das relações entre Rússia e EUA em uma nova era de "guerra fria", e destaca os riscos associados à expansão do conflito para o espaço, colocando em xeque o futuro da cooperação espacial internacional.
Putin reitera ameaça nuclear em meio a tensões contínuas
O presidente russo, Vladimir Putin, reafirmou a disposição de seu país em recorrer a armas nucleares caso sua soberania ou independência sejam ameaçadas.
Desde o início da invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022, Putin tem repetido a capacidade e a vontade russas de utilizar seu arsenal nuclear, com o mais recente aviso ocorrendo em seu discurso à nação no mês passado, alertando o Ocidente sobre os riscos de um maior envolvimento no conflito ucraniano.
Questionado sobre o uso potencial de armas nucleares táticas na Ucrânia, Putin assegurou que tal medida ainda não se mostrou necessária, sugerindo uma tentativa de dissuadir o apoio ocidental à Ucrânia.
Putin caracterizou a postura dos aliados da OTAN como desprovida de limites em sua hostilidade contra a Rússia, indicando que, sob tal perspectiva, a Rússia também não se restringiria em suas respostas.
O Regime de Putin enfatizou a prontidão das forças nucleares russas, reforçando que a doutrina de segurança nacional do país contempla o uso de tais armamentos em defesa de sua existência. Putin expressou confiança na compreensão, por parte do presidente americano Joe Biden, dos perigos de uma escalada para um conflito nuclear.
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