Desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Conselho de Segurança Nacional se reuniu apenas uma vez, em dezembro, durante a cerimônia de “reinstalação” do órgão em Brasília. A segurança tem sido um dos aspectos mais críticos da administração atual, como mostra um levantamento da Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), que revela insatisfação significativa entre os brasileiros com relação às políticas de segurança do governo.
De acordo com a pesquisa divulgada no último domingo, 42% dos entrevistados classificam a atuação do governo na segurança como ruim ou péssima, enquanto 28% a consideram regular e apenas 27% veem as ações de forma positiva.
O Conselho de Segurança é um órgão crucial que congrega autoridades federais, estaduais e representantes da sociedade civil para formular políticas de combate à violência e à criminalidade. No entanto, mesmo diante de crises significativas, como a recente fuga de criminosos de uma penitenciária de segurança máxima em Mossoró (RN), o Conselho tem demonstrado pouca atividade.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), agora sob a gestão de Ricardo Lewandowski, após a transição do ex-ministro Flávio Dino, reconheceu que o órgão está em fase de adaptação e prometeu definir a data da próxima reunião ainda para este semestre. O MJSP afirmou em nota ao Estado de S. Paulo que “as pautas debatidas no Conselho são valiosas e imprescindíveis para a promoção de políticas públicas voltadas a prevenção e repressão à violência e à criminalidade, especialmente para análise e enfrentamento dos riscos à harmonia da convivência social”.
Este período de transição ministerial e as mudanças internas são citados como razões para o ritmo atual, mas a necessidade de uma ação mais efetiva e frequente do Conselho é evidente diante dos desafios de segurança que o país enfrenta.
0 Comentários
Obrigado pela sugestão.