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PGR pede arquivamento definitivo de denúncias contra Ibaneis Rocha no caso de 8 de janeiro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de arquivamento das investigações contra o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi tomada após a Polícia Federal concluir que não há indícios de que o governador tenha cometido qualquer crime ou agido com omissão na contenção das manifestações que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
De acordo com a PGR, as diligências realizadas pela PF não apresentaram provas concretas que justifiquem o prosseguimento de uma acusação formal contra Ibaneis Rocha. O parecer enfatiza que não foram identificadas ações ou omissões deliberadas do governador que tenham favorecido os atos registrados naquele dia.
À época, o ministro afastou Ibaneis do cargo por 90 dias durante as investigações. No parecer enviado ao STF, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, argumentou que o governador colaborou com as apurações, se apresentando voluntariamente à Polícia Federal (PF) e entregando dois celulares para análise.
A PGR afirmou que documentos encontrados em computadores de Ibaneis demonstram que ele repudiou os atos que promoveram a invasão e a destruição de prédios públicos no DF.
Além disso, o governador teria realizado 36 ligações para autoridades no dia da invasão à Praça dos Três Poderes, tentando coordenar ações para conter os ataques. Segundo Gonet, os elementos coletados não indicam omissão, interferência ou conivência de Ibaneis Rocha, o que inviabiliza a continuidade da investigação.
As apurações também não encontraram indícios de que dados foram apagados dos celulares do governador nem de tentativas de modificar planos de segurança ou impedir a repressão aos atos de vandalismo.
Em outubro de 2024, um relatório da Polícia Federal enviado ao STF apontou falhas na Secretaria de Segurança Pública do DF no enfrentamento aos ataques, especialmente pela ausência inesperada do então secretário Anderson Torres. Na época, Torres estava nos Estados Unidos e retornou ao Brasil apenas em 14 de janeiro.
No dia 1º de fevereiro, o Ministério Público Federal (MPF) de manifestou pelo arquivamento do inquérito contra Anderson Torres, alegando falta de dolo. Segundo o documento, houve falhas no serviço de inteligência, mas não há provas de que o ex-secretário tenha facilitado ou incentivado os atos extremistas.
O pedido de arquivamento representa um revés para setores políticos que vinham utilizando as suspeitas contra o governador como argumento para questionar sua gestão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a responsabilizá-lo publicamente pela crise de segurança que permitiu a escalada dos atos.
Com a manifestação da PGR, o caso se encaminha para um desfecho, restando ao STF analisar e decidir sobre o arquivamento definitivo. A defesa de Ibaneis Rocha sempre sustentou sua inocência, afirmando que ele jamais teve qualquer envolvimento com ações que atentassem contra a democracia.
A expectativa agora é que, com o fim das investigações, o governador volte sua atenção integralmente para a administração do Distrito Federal, reforçando políticas de segurança e governabilidade na capital do país.

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