Ações integradas de acolhimento, educação e saúde mostram resultados concretos na capital federal
Em um cenário nacional marcado pelo aumento da vulnerabilidade social, o Distrito Federal apresenta um avanço significativo: o número de crianças e adolescentes em situação de rua caiu 50% entre 2022 e 2025, segundo dados do 2º Censo Distrital da População em Situação de Rua, divulgado nesta terça-feira (29) pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF).
O estudo revela que, em três anos, o número de menores nessas condições reduziu de 244 para 121, resultado de políticas públicas que combinam acolhimento imediato, acesso à educação e fortalecimento da rede de saúde.
Ações que transformam
O governo local atribui o êxito a medidas como:
✅ Ampliação em 20% das vagas de acolhimento em 2024, com a criação da Central de Vagas para agilizar o atendimento.
✅ Encaminhamento de 225 crianças e adolescentes para escolas em 12 meses, via Conselho Tutelar e equipes de abordagem.
✅ Expansão dos Consultórios na Rua, que realizaram 16.492 atendimentos em saúde entre junho de 2024 e março de 2025.
"Antes, as ações eram apenas para tirar pessoas das ruas. Hoje, o foco é no acolhimento integral, com educação, saúde e oportunidades reais de reinserção", explica Gustavo Rocha, secretário-chefe da Casa Civil.
Saúde: avanços além das ruas
Os números mostram que o acesso a serviços básicos melhorou drasticamente:
🩺 Postos de saúde (UBSs): aumento de 36,7% para 51,7%.
🏥 UPAs e hospitais: salto de 20,7% para 36,9%.
💊 Queda de 9,1% em relatos de ansiedade e depressão entre a população de rua.
"Nossas equipes incluem pessoas que já viveram nas ruas. Elas entendem a realidade e ajudam na reintegração", destaca Ana Paula Marra, secretária de Desenvolvimento Social.
O Censo que orienta políticas públicas
Realizado entre janeiro e fevereiro de 2025, o censou ouviu pessoas em todas as regiões administrativas do DF, com 130 profissionais coletando dados sobre perfil socioeconômico, saúde e acesso a benefícios.
"Essa pesquisa nos permite criar políticas baseadas em evidências, não em suposições", afirma Manoel Clementino, diretor do IPEDF.
O caminho à frente
Apesar do progresso, especialistas alertam que a manutenção dessas políticas é crucial para evitar retrocessos. O próximo passo, segundo o GDF, é ampliar parcerias com o setor privado para gerar empregos e renda.
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