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EUA de olho na tríplice fronteira: Comandante do Southcom chega ao Brasil

A segurança da América do Sul voltou ao centro das atenções dos Estados Unidos. O almirante Alvin Holsey, comandante do Southcom — o Comando Sul das Forças Armadas norte-americanas — desembarcou no Brasil para uma visita oficial de três dias. A agenda reforça os laços militares entre Brasil e EUA, ao mesmo tempo que acende alertas sobre os interesses estratégicos norte-americanos na região da tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia.

Reuniões com o alto comando brasileiro
Durante sua passagem por Brasília, Holsey se encontrará com o ministro da Defesa, José Múcio, além de membros do alto comando das Forças Armadas. O encontro é um dos mais relevantes do ano em termos de cooperação militar entre os dois países, principalmente em um contexto global de reconfiguração de alianças e aumento da vigilância em áreas consideradas vulneráveis ao crime transnacional.

Foco na tríplice fronteira
Após as reuniões na capital, Holsey seguirá para o Acre. Lá, visitará a zona de fronteira entre Brasil, Peru e Bolívia — uma das áreas mais sensíveis da América Latina. Segundo a embaixada dos EUA, o objetivo é “obter uma visão direta dos desafios e das ameaças presentes na região de fronteira compartilhada, especialmente aqueles relacionados ao tráfico ilegal”.
Essa é uma área conhecida por intensa atuação de organizações criminosas envolvidas com narcotráfico, contrabando de armas e lavagem de dinheiro.

Um giro pela América do Sul
Essa não é a primeira missão diplomática-militar do almirante Holsey na América Latina. Em abril, ele se reuniu com o presidente argentino Javier Milei, em Buenos Aires. A movimentação do Southcom é interpretada por especialistas como um reforço da influência americana na região, em contraste com a presença crescente de outros atores internacionais, como China e Rússia.

Contexto geopolítico tenso
A visita também acontece poucos dias após a passagem de David Gamble, representante do Departamento de Estado dos EUA, que veio ao Brasil para tratar de sanções e do combate ao crime organizado transnacional. A coincidência de visitas reforça a percepção de que os EUA estão intensificando sua atuação diplomática e de segurança na América do Sul.
Em tempos de guerra na Europa e tensões no Oriente Médio e no Pacífico, a América Latina volta ao radar estratégico dos EUA — e o Brasil, por sua posição geográfica e importância regional, é peça-chave nesse tabuleiro.

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