O deputado distrital Roosevelt Vilela deu um passo importante pela saúde da população do Distrito Federal ao apresentar, nesta terça-feira (6), o Projeto de Lei nº 1724/2025, que propõe o fornecimento gratuito de medicamentos para tratar mais de 20 doenças.
A proposta garante que pessoas em situação de vulnerabilidade financeira possam ter acesso a remédios como a semaglutida (Ozempic) e a tirzepatida (Mounjaro), considerados dos mais eficazes no combate a essas condições.
“Estamos falando de dignidade, de salvar vidas e evitar que a desigualdade continue impedindo tantos brasileiros de se tratarem com qualidade”, afirma o deputado Roosevelt.
Dois motivos centrais justificam a proposta:
1. Avanço alarmante da obesidade e doenças crônicas no DF e no Brasil
A obesidade, por exemplo, atinge quase 1 em cada 4 adultos no Distrito Federal — um número que dobrou desde 2006 e segue crescendo rapidamente. Essa condição está diretamente ligada ao aumento de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e insuficiência renal, pressionando o sistema de saúde pública.
2. Alto custo dos medicamentos impede o tratamento de milhares de brasileiros
Medicamentos como a semaglutida (Ozempic) podem ultrapassar R$ 1.000 por mês, tornando inviável o uso contínuo por quem depende do SUS. Ao garantir gratuidade, o projeto combate a desigualdade e evita agravamentos de saúde que custam ainda mais caro ao Estado no futuro.
Ozempic combate mais de 20 doenças
Embora amplamente conhecidos por seu uso no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade, a semaglutida e a tirzepatida têm demonstrado eficácia no combate a uma variedade de outras condições. Confira 25 doenças e problemas de saúde que esses medicamentos podem ajudar a tratar:
- Diabetes tipo 2
- Obesidade
- Pré-diabetes
- Síndrome metabólica
- Doença hepática gordurosa não alcoólica (esteatose hepática)
- Doença hepática gordurosa associada à disfunção metabólica (MAFLD)
- Doença renal crônica
- Hipertensão arterial
- Dislipidemia (colesterol e triglicerídeos elevados)
- Doença cardiovascular aterosclerótica
- Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada
- Apneia obstrutiva do sono
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
- Resistência à insulina
- Inflamação sistêmica crônica
- Depressão associada à obesidade
- Ansiedade relacionada ao peso corporal
- Compulsão alimentar
- Dependência alimentar
- Redução do risco de infarto agudo do miocárdio
- Redução do risco de AVC isquêmico
- Melhora da função endotelial (saúde dos vasos sanguíneos)
- Alzheimer (efeitos promissores em estágios iniciais)
- Demência metabólica
- Abstinência e recaída em dependência química (álcool e outras drogas)
- Esses medicamentos atuam como agonistas dos receptores GLP-1 e, no caso da tirzepatida, também do GIP — hormônios que regulam o apetite, o metabolismo da glicose e a saciedade. Além disso, estudos recentes apontam impactos positivos no fígado, coração, rins e até no cérebro.
Obesidade em crescimento
De acordo com dados do Ministério da Saúde, quase 1 em cada 4 adultos no Distrito Federal já está com obesidade — em 2006, esse número era metade disso. E a tendência é de crescimento.
Especialistas apontam que, até 2030, mais de 29 milhões de mulheres e 21 milhões de homens brasileiros poderão estar com obesidade.
Como vai funcionar
O medicamento só será fornecido com prescrição médica da rede pública. O paciente deverá:
Apresentar laudo clínico que comprove a necessidade do tratamento;
Passar por uma avaliação socioeconômica, que comprove a incapacidade de arcar com os custos do remédio;
Ter o tratamento reavaliado a cada 6 meses, com base nos resultados alcançados.
Com essa iniciativa, o deputado Roosevelt quer garantir que tratamentos de última geração estejam ao alcance de quem mais precisa — promovendo saúde, dignidade e justiça social em um dos temas mais urgentes da atualidade: o combate à obesidade e às doenças metabólicas.
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