Servidores da Saúde do Distrito Federal estão em uma crescente onda de indignação após perceberem descontos referentes à contribuição sindical em seus contracheques, mesmo sem autorização prévia. A cobrança compulsória reacendeu críticas à atuação de sindicatos ligados à categoria, especialmente sob um governo alinhado à esquerda, historicamente próximo dessas entidades.
O clima de insatisfação ganhou força nos últimos dias, com servidores denunciando o desconto como abusivo e inesperado. O que mais revoltou a categoria foi o fato de dois deputados distritais com vínculos sindicais — Jorge Vianna e Dayse Amarilio — terem prometido publicamente que tal contribuição não seria retomada de forma obrigatória. A quebra da promessa, às vésperas do ano eleitoral, levantou suspeitas de que o retorno da cobrança possa estar ligado à arrecadação de recursos para campanhas de 2026.
Um dos principais alvos das críticas é o Sindate-DF, que abocanhou mais de R$ 2 milhões com os descontos realizados apenas neste ciclo. O volume de recursos arrecadado causou ainda mais revolta entre os trabalhadores, que questionam a transparência da aplicação dessas verbas.
Além disso, chamou atenção o fato de que os dirigentes desses sindicatos estão há anos à frente das entidades, em cargos que parecem vitalícios. “Estranhamente, não largam o osso, digo, a contribuição. A sensação é de que os sindicatos deixaram de nos representar para apenas nos explorar”, afirmou uma servidora sob anonimato.
Apesar da possibilidade legal da cobrança, desde a reforma trabalhista de 2017, ela só pode ocorrer com consentimento dos trabalhadores — algo que muitos afirmam não ter sido respeitado.
Agora, cresce a pressão para que haja explicações claras, transparência nas assembleias sindicais e o direito de escolha seja, de fato, respeitado pelos sindicatos e pelo governo.
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