O bilionário Elon Musk voltou a se posicionar de forma contundente sobre temas políticos neste sábado (3), ao criticar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo Musk, impedir o ex-chefe do Executivo brasileiro de disputar eleições é um ato de “tirania” camuflado sob o discurso da proteção democrática.
A declaração foi feita por meio da plataforma X (antigo Twitter), da qual Musk é proprietário. Ele reagiu a uma postagem do perfil internacional End Wokeness, que denuncia o avanço de medidas judiciais e administrativas contra líderes de direita em diversas partes do mundo. A publicação lista casos como a inelegibilidade de Marine Le Pen na França, o cancelamento da vitória eleitoral de Calin Georgescu e a classificação do partido alemão AFD (Alternativa para a Alemanha) como grupo extremista.
“Tudo em nome da proteção da democracia”, ironizou a publicação, amplificada por Musk com o comentário: “Isso é tirania.”
No Brasil, Bolsonaro está impedido de concorrer a cargos eletivos até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o condenou por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante seu mandato. A defesa do ex-presidente ainda tenta reverter a decisão a tempo de permitir sua candidatura nas eleições presidenciais de 2026.
A fala de Elon Musk não é isolada. Nos últimos meses, o empresário tem protagonizado uma série de embates públicos com autoridades brasileiras, especialmente em torno do que considera violações à liberdade de expressão por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE.
A declaração reacende o debate internacional sobre os limites do Judiciário em processos políticos e aprofunda a polarização em torno do papel das cortes eleitorais na democracia contemporânea.
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