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EUA avaliam endurecer restrições Tecnológicas contra a China em meio a novas tensões Comerciais

Em meio à intensificação das disputas comerciais entre Estados Unidos e China, o governo norte-americano avalia ampliar as restrições impostas ao setor tecnológico chinês. A medida está sendo considerada como uma forma de garantir que as sanções em vigor sejam efetivamente cumpridas, especialmente diante das recentes acusações de descumprimento de acordos por parte de Pequim.
Stephen Miller, subchefe de gabinete para política do ex-presidente Donald Trump, comentou que há ações já implementadas, outras em curso e novas possibilidades sendo estudadas. Para ele, seria “imprudente” a China seguir no caminho atual, ignorando oportunidades de cooperação, o que poderia justificar um aumento das ações por parte dos Estados Unidos.
Segundo uma fonte ligada ao governo, entre as propostas está a extensão das sanções às subsidiárias de empresas chinesas que já constam nas listas de restrição. A ideia é impedir que essas companhias driblem as proibições por meio de estruturas societárias alternativas. O novo pacote, que pode entrar em vigor já em junho, exigiria licenças para transações com empresas controladas em pelo menos 50% por entidades chinesas previamente sancionadas — incluindo gigantes como a Huawei Technologies e a Yangtze Memory Technologies.
A proposta está em análise na Casa Branca e no Departamento de Comércio dos EUA e pode aprofundar ainda mais o conflito entre as duas maiores economias globais, especialmente após as declarações recentes de Trump, que culpou diretamente o presidente chinês, Xi Jinping, por uma suposta quebra de acordo.

Acordos Fragilizados e Conversas Empacadas

Após meses de tensão comercial, EUA e China haviam ensaiado uma trégua durante reuniões realizadas em Genebra, em maio. Ficou definido um período de 90 dias com tarifas reduzidas — os EUA baixariam suas taxas de 145% para 30%, enquanto a China reduziria de 125% para 10%. A trégua serviria como base para avançar nas negociações diplomáticas.
No entanto, nesta sexta-feira, Trump acusou publicamente o governo chinês de ter violado esse entendimento, sem fornecer detalhes sobre o que exatamente teria sido descumprido. Em mensagem publicada na rede Truth Social, o ex-presidente afirmou que chegou a um acordo com Xi Jinping para evitar um colapso econômico na China, mas que a confiança teria sido rompida. “A China violou totalmente o acordo. Adeus à boa gente!”, escreveu.
Enquanto isso, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, reconheceu que o avanço das conversas tem sido limitado. Ele sugeriu que um novo contato direto entre os líderes pode ser necessário para desbloquear o impasse. “Pelo tamanho e complexidade dessas negociações, será preciso a atuação direta dos presidentes”, declarou em entrevista à Fox News.
A possibilidade de novas sanções levanta preocupações sobre o impacto global no setor de tecnologia e no comércio internacional. Caso se confirmem, as medidas podem desencadear uma nova rodada de retaliações e instabilidade econômica.

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