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China entrega terras raras, EUA liberam estudantes – O que está por trás do novo pacto secreto?

 Em um anúncio bombástico feito na manhã desta quarta-feira (11), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter fechado um acordo comercial inédito com a China, restando apenas a aprovação final sua e do líder chinês, Xi Jinping. A revelação foi feita em sua plataforma Truth Social, e já agita os bastidores da geopolítica e dos mercados globais.
“Nosso acordo com a China está fechado, sujeito unicamente à aprovação final entre o presidente Xi e eu”, escreveu Trump.
Segundo ele, o pacto prevê que a China fornecerá antecipadamente ímãs e terras raras, insumos considerados cruciais para as indústrias de tecnologia, defesa e semicondutores dos Estados Unidos. Em troca, Trump garantiu concessões estratégicas, incluindo a admissão de estudantes chineses em universidades americanas, o que considerou um gesto positivo de cooperação.

Acordo de impacto global
O acordo é resultado de negociações realizadas em Londres, onde representantes das duas potências fecharam um “quadro geral” para aliviar as tensões comerciais que se arrastam desde 2018. “Nossa comunicação foi muito profissional, racional, profunda e franca”, afirmou Li Chenggang, negociador-chefe chinês, ao final dos encontros na Lancaster House.
Além do fornecimento estratégico de metais raros, as tarifas comerciais também foram redefinidas. Trump revelou que os EUA manterão uma taxa de 55% sobre produtos importados da China, enquanto os chineses aplicariam 10% sobre produtos americanos — uma diferença que revela a balança de forças que Trump busca impor.

Terras raras, chips e o futuro tecnológico
O ponto mais sensível nas negociações envolveu a exportação de terras raras chinesas, essenciais para a fabricação de chips, veículos elétricos e equipamentos militares. Washington acusava Pequim de restringir deliberadamente o acesso a esses materiais.
Agora, com a promessa de fornecimento regular, os Estados Unidos ganham um fôlego estratégico. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que a medida resolve "uma das maiores preocupações nacionais em segurança e soberania tecnológica".

Estudantes chineses e acesso à tecnologia
Outro ponto crítico que pesou na balança foi a questão da restrição a estudantes chineses e o bloqueio ao acesso a tecnologias sensíveis. A nova proposta prevê maior flexibilização na entrada de estudantes e pesquisadores da China nos EUA, um gesto de confiança mútua e investimento no intercâmbio acadêmico.

O próximo passo: Trump e Xi
O acordo agora depende apenas da validação pessoal de Trump e Xi Jinping, após ambos classificarem como positiva a última conversa telefônica que tiveram. Xi teria solicitado a “correção de rumo do grande navio das relações sino-americanas” — uma metáfora que sugere disposição para reconstruir pontes diplomáticas.
Enquanto isso, o mercado observa com cautela. As exportações da China para os EUA caíram 12,7% em maio, reflexo direto da guerra comercial ainda em curso. Caso aprovado, o novo pacto pode reposicionar as duas maiores economias do mundo em um novo ciclo de cooperação e competição estratégica.

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