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Irã recua e apela a Trump para encerrar guerra com Israel

O regime iraniano parece ter recuado diante da ofensiva militar de Israel e, em uma reviravolta geopolítica inesperada, apelou diretamente ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para intermediar o fim do conflito. A escalada de ataques e a pressão crescente do Exército israelense colocaram Teerã em estado de alerta máximo, levando autoridades do alto escalão a cogitar até mesmo deixar o país.
No domingo (15), o governo iraniano deu os primeiros sinais de rendição diplomática ao pedir o fim imediato dos ataques. Mas foi nesta segunda-feira (16) que o movimento ganhou contornos mais explícitos, com uma declaração pública do chanceler iraniano, Seyed Abbas Araghchi, que mencionou Donald Trump como possível peça-chave para o cessar-fogo.
“Se o presidente Trump for genuíno em relação à diplomacia e estiver interessado em acabar com essa guerra, os próximos passos são importantes”, escreveu Araghchi em sua conta oficial na plataforma X (antigo Twitter).
A mensagem representa um gesto significativo de tentativa de reaproximação, mesmo sem Trump ocupar um cargo oficial no atual governo dos Estados Unidos. Ainda assim, o Irã demonstra acreditar que a influência do ex-presidente republicano pode conter as ações militares do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, abrindo caminho para a retomada de negociações diplomáticas.
Araghchi foi além, afirmando que uma simples ligação de Washington a Tel Aviv poderia ser o suficiente para interromper a ofensiva israelense.

Desespero e isolamento
O apelo a Trump ocorre após dias de intensos bombardeios israelenses contra alvos estratégicos do Irã, incluindo instalações militares e nucleares. Fontes de inteligência apontam que setores do governo iraniano cogitam deixar o país caso a ofensiva se intensifique, num claro indicativo de desespero e isolamento do regime.
Apesar do histórico de rivalidade com os Estados Unidos e das críticas de Trump ao acordo nuclear iraniano durante seu mandato, Teerã parece apostar em um pragmatismo geopolítico diante do avanço israelense.

Perspectivas diplomáticas
Especialistas apontam que o gesto de Araghchi visa reabrir o canal diplomático com o Ocidente e evitar uma escalada ainda maior do conflito, que já ameaça desestabilizar toda a região do Oriente Médio. Até o momento, o atual governo norte-americano, comandado por Joe Biden, mantém uma postura de apoio a Israel, mas evita uma intervenção direta nas negociações.
A resposta de Trump à proposta iraniana ainda não foi divulgada, mas sua figura política segue sendo uma referência de peso no cenário internacional, especialmente entre aliados de Israel e opositores ao regime teocrático de Teerã.
A comunidade internacional, por sua vez, acompanha com atenção os desdobramentos e teme que, sem uma solução diplomática urgente, o conflito possa se transformar em uma guerra regional de proporções imprevisíveis.

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