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O milagre de Cuiabá. Atendimentos em UPAs caem 30%

Em uma iniciativa ousada e polêmica, o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), anunciou uma redução de até 30% nos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital mato-grossense. A medida foi atribuída à recomendação de que médicos evitem conceder atestados médicos a pacientes classificados como "casos verdes", ou seja, de baixa gravidade, sem sintomas evidentes.
Brunini ironizou a situação, afirmando que "mais de 30% do atendimento hoje foi reduzido, foi curado milagrosamente, suspendendo o atestado" . Ele destacou que a decisão visa combater o que chamou de "cultura do atestado", onde pacientes buscavam as UPAs não por necessidade médica real, mas para obter documentos que justificassem faltas ao trabalho.
O prefeito apresentou imagens de unidades de saúde, como a UPA do Leblon, mostrando salas de espera vazias, algo incomum para dias úteis. "Você já viu a UPA do Morada do Ouro vazia assim na terça-feira? O nosso enfrentamento a essa cultura do atestado curou muita gente", declarou.
Apesar das críticas e debates gerados pela medida, Brunini enfatizou que a decisão final sobre a emissão de atestados continua sendo dos profissionais de saúde. "Se o médico avaliar que o paciente necessita de um atestado médico para poder estar em casa se recuperando de algum problema de saúde, o médico tem total liberdade disso", afirmou 
A iniciativa tem como objetivo desafogar as unidades de saúde e garantir que os atendimentos sejam priorizados para quem realmente está doente. Além disso, o prefeito sugeriu que empregadores avaliem com mais critério os atestados de comparecimento apresentados por funcionários, especialmente às segundas-feiras, dias em que os atendimentos aumentavam expressivamente .
A medida tem gerado debates sobre a ética na emissão de atestados e a responsabilidade dos pacientes no uso adequado dos serviços de saúde pública. Enquanto alguns veem a ação como necessária para otimizar os recursos do sistema de saúde, outros alertam para a importância de não coibir o direito do trabalhador de buscar atendimento e afastamento médico quando necessário .

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