Em uma declaração recente durante a 10ª reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), no Rio de Janeiro, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a defender sua famosa ideia de “estocar vento”, mencionada durante seu governo. A proposta, que à época foi amplamente ridicularizada e considerada pela imprensa como uma ideia sem fundamento, ganhou novo destaque com o aumento da relevância das tecnologias de armazenamento de energia renovável no cenário global.
Dilma afirmou, com confiança, que a ideia estava correta e que a armazenagem de energia, especialmente a proveniente de fontes renováveis como a eólica e a solar, tornou-se uma das áreas mais importantes do setor de energia mundial. Segundo ela, “muitos na imprensa acharam que era ignorância, mas hoje é uma das principais áreas do setor de energia”. A ex-presidente, atualmente à frente do Banco dos BRICS, sublinhou a importância dessa tecnologia para evitar instabilidades no fornecimento de eletricidade, especialmente quando se considera os apagões ocorridos em países como Portugal e Espanha.
A Relevância da Armazenagem de Energia Renovável
A defesa de Dilma foi centrada na necessidade de investir em tecnologias de armazenamento de energia renovável para estabilizar a oferta e demanda no sistema elétrico. “Essa é uma das áreas mais importantes para resolver problemas como os que ocorreram em Portugal e na Espanha”, afirmou Dilma, destacando que a falta de investimentos em soluções de armazenamento levou a apagões em alguns países.
Em sua intervenção, a ex-presidente também mencionou os sistemas de grids como uma solução potencial para garantir que a energia renovável, uma vez gerada, possa ser armazenada e estabilizada antes de ser inserida no sistema de distribuição elétrica. Isso, segundo Dilma, é essencial para o futuro da energia limpa e sustentável, contribuindo para uma rede elétrica mais eficiente e resiliente.
Repercussão nas Redes Sociais
A reaparição de Dilma com o tema “estocar vento” gerou reações mistas nas redes sociais. A frase, que em 2016 foi alvo de memes e piadas, voltou a ser comentada com uma nova onda de críticas e zombarias entre internautas. O termo se tornou sinônimo de uma desconexão da ex-presidente com as realidades tecnológicas da época, mas agora, com o crescente foco em energias renováveis e armazenamento de energia, a ideia voltou à tona, gerando novas discussões.
Reposicionamento Internacional
Durante sua participação no encontro do BRICS, Dilma aproveitou para reforçar sua defesa das tecnologias de armazenamento de energia como uma pauta estratégica no cenário global. Essa insistência no tema parece também ser uma tentativa de reposicionamento internacional para a ex-presidente, que, após deixar o cargo em 2016, tem buscado se reposicionar como uma líder com visão estratégica, especialmente em áreas relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.
Embora a ideia de “estocar vento” tenha sido amplamente ridicularizada no passado, o atual cenário de busca por soluções para o armazenamento de energia renovável e sua importância para a estabilidade do fornecimento de energia torna a proposta cada vez mais relevante. O tempo dirá se Dilma, mais uma vez, será considerada uma visionária ou se sua ideia permanecerá como um símbolo de uma abordagem política desconectada com a realidade da época.

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