O Brasil foi diretamente citado em um relatório oficial aprovado pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, acendendo um novo alerta diplomático entre os dois países. O documento, de nº 119–217, divulgado no dia 25 de julho de 2025, aponta preocupações com o crescimento de atitudes antissemitas em nações latino-americanas, destacando o Brasil ao lado de Chile e Colômbia.
Elaborado pelo Comitê de Apropriações da Câmara dos Deputados americana, o relatório acompanha a proposta de orçamento H.R. 4779 para o ano fiscal de 2026, relacionada ao Departamento de Estado. Nele, parlamentares expressam inquietação sobre como líderes políticos de países historicamente aliados dos EUA têm abordado – ou ignorado – episódios de discriminação contra comunidades judaicas.
Um trecho direto do relatório afirma:
“O Comitê está preocupado com o aumento do antissemitismo em países latino-americanos como Brasil, Chile e Colômbia, especialmente quando figuras públicas utilizam redes sociais e canais oficiais do governo para fomentar discursos discriminatórios ou deixam de proteger grupos vulneráveis.”
O documento não apenas denuncia, como exige ação: o Comitê solicita que o Secretário de Estado dos EUA tome medidas concretas, incentivando líderes latino-americanos a se posicionarem publicamente contra o antissemitismo e a adotarem estratégias de enfrentamento ao preconceito.
Implicações diplomáticas
Essa pressão pode representar um novo desafio para o governo brasileiro em meio às tensões recentes com a gestão de Donald Trump. A medida dos EUA de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, já gerou articulações de governadores e autoridades em busca de diálogo. Agora, com o país inserido em um relatório oficial por questões de direitos humanos e discurso de ódio, a situação pode se complicar ainda mais.
Embora o texto não mencione episódios específicos no Brasil, o simples fato de ser citado nominalmente já é um sinal de desgaste nas relações bilaterais e pode afetar decisões sobre cooperação internacional, financiamento de projetos e relações multilaterais.
A expectativa é que o relatório influencie o posicionamento da diplomacia americana nos próximos meses, especialmente diante do ambiente político polarizado tanto nos EUA quanto no Brasil.
Com informações da Revista Sociedade Militar

0 Comentários
Obrigado pela sugestão.