Brasil, Rússia e Venezuela: os mesmos métodos, os mesmos alvo
Enquanto parte da imprensa brasileira afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro "ressuscitou" Lula, o cerco judicial contra ele e seu filho Eduardo continua apertando. Tornozeleira, bloqueio de bens e até proibição de diálogo familiar: essas são algumas das medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, que agora virou símbolo de um ativismo judicial sem precedentes.
Curiosamente, medidas semelhantes foram adotadas por regimes autoritários ao redor do mundo — da Venezuela de Nicolás Maduro à Rússia de Vladimir Putin. Lá, opositores como Juan Guaidó e Alexei Navalny também enfrentaram acusações forjadas, censura, prisão, bloqueios financeiros e perseguição por denunciar abusos de poder. Coincidência? Ou parte de um padrão global de repressão disfarçada de "defesa da democracia"?
A crítica à gestão atual vai além da política: expõe um sistema em que os denunciados se tornam julgadores, os opositores viram réus e a imprensa, comprada por contratos públicos, ecoa narrativas convenientes. Enquanto isso, o povo segue lidando com inflação, desemprego, precariedade nos serviços e uma elite governista blindada por togados e discursos vazios sobre "refundação da República".
O ex-presidente americano Donald Trump chegou a afirmar que Bolsonaro está sendo perseguido por forças autoritárias. E muitos brasileiros — inclusive juristas e parlamentares — compartilham dessa visão. Afinal, como pode um país ser considerado democrático quando o mesmo juiz que é criticado por um réu se torna o responsável por julgá-lo?
Hoje, a perseguição política é camuflada por palavras como “medidas cautelares” e “preservação da ordem pública”. Mas, na prática, o que se vê é a criminalização da opinião, a destruição da reputação de opositores e a manipulação do aparato estatal para silenciar qualquer voz dissonante.
As semelhanças entre Brasil, Rússia e Venezuela não estão apenas no autoritarismo, mas no método: controle da justiça, aparelhamento da imprensa, perseguição política e culto à personalidade. E tudo isso sob a falsa bandeira da democracia.

0 Comentários
Obrigado pela sugestão.