O governo de Luiz Inácio Lula da Silva acaba de tomar uma decisão que promete ter um impacto direto no bolso dos brasileiros: o aumento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos movidos a gasolina e diesel. A medida, que entra em vigor em 2025, promete elevar o preço dos carros mais comuns, afetando principalmente as classes média e baixa que ainda dependem de veículos a combustão para se locomover.
Aumento do IPI para Veículos a Combustão
O Decreto n.º 12.549/2025, publicado nesta sexta-feira (11), eleva o IPI dos carros movidos a gasolina em até 6,5% e o de carros a diesel em até 12%. Isso significa que veículos populares, muitas vezes a única opção de transporte para os brasileiros, se tornarão ainda mais caros. A medida, parte do Programa Mover, que visa estimular a produção de veículos elétricos, pode resultar em um aumento substancial no preço dos carros a combustão.
A Isenção para Carros Elétricos... com Condições
Por outro lado, o governo oferece isenção de IPI para carros elétricos e híbridos, mas com uma série de exigências técnicas que acabam limitando a isenção. Para serem contemplados com a isenção, os veículos precisam atender a critérios de eficiência energética, reciclabilidade de materiais e tecnologias assistivas de direção, além de serem fabricados no Brasil.
O problema é que essas exigências podem criar uma barreira para as pequenas montadoras e dificultar o acesso a tecnologias mais avançadas para a maioria da população, que ainda depende de veículos movidos a combustíveis fósseis.
A Dificuldade Econômica no Brasil
Enquanto o governo argumenta que a medida é uma forma de promover a sustentabilidade e modernizar a indústria automotiva, a realidade do país é bem diferente. A economia brasileira ainda enfrenta sérios desafios, com a inflação alta e o crédito caro. Em um cenário onde os consumidores já enfrentam dificuldades financeiras, o aumento do IPI em carros populares representa um peso extra no orçamento das famílias.
A medida também penaliza pequenas empresas do setor automotivo, que não têm os recursos necessários para investir na produção de carros elétricos ou híbridos. Em vez de estimular a inovação e inclusão, essa política pode concentrar ainda mais o mercado nas mãos das grandes montadoras, ampliando as desigualdades no setor.
O Risco de Aprofundar as Desigualdades
Com a medida, o governo parece apostar que a transição para tecnologias mais sustentáveis será rápida e acessível para todos, mas sem estratégias que envolvam a população mais ampla, o risco é de que essa política acabe ampliando ainda mais as desigualdades. A frustração com a falta de alternativas viáveis pode tornar esse “incentivo verde” mais um fardo para os brasileiros.
O Custo de um Futuro Verde?
A elevação do IPI de carros a combustão e a isenção para carros elétricos com exigências complicadas é uma medida que divide opiniões. De um lado, o governo promete um futuro mais verde e sustentável; do outro, o consumidor comum e as empresas menores podem ser os maiores prejudicados.
A indústria nacional, já enfraquecida pela crise econômica, agora se vê diante de uma carga tributária ainda maior, o que pode dificultar sua recuperação. A medida está longe de ser uma solução simples e pode criar mais problemas do que resolve, especialmente para aqueles que ainda não têm acesso a alternativas mais ecológicas.
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