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Trump declara guerra comercial ao Brasil e promete novas retaliações: “Vamos proteger nossas empresas”

 As relações entre Brasil e Estados Unidos voltam a estremecer. Nesta terça-feira (15), o governo americano anunciou a abertura de uma investigação formal contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais, especialmente no setor de tecnologia. A iniciativa partiu diretamente do presidente Donald Trump, que autorizou o processo por meio da poderosa Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.
O órgão responsável pela condução do processo é o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR), equivalente ao ministério do comércio na estrutura americana. Em nota oficial, o representante Jamieson Greer afirmou que o Brasil estaria impondo barreiras regulatórias que prejudicam empresas e trabalhadores norte-americanos.
“Estamos respondendo aos ataques do governo brasileiro contra plataformas de mídia social e outras medidas que prejudicam nossos exportadores e inovadores”, declarou Greer.
A acusação inclui críticas à atuação do governo Lula (PT), acusado pelos EUA de adotar políticas que restringem o mercado para gigantes da tecnologia — em especial redes sociais com sede nos Estados Unidos. As críticas refletem o incômodo da Casa Branca com tentativas de regulação digital promovidas pelo governo brasileiro.

 Escalada de tensão e risco de retaliações
A ofensiva de Trump aprofunda a crise diplomática entre os dois países, que já havia sido agravada na semana anterior com a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Agora, com a abertura da investigação, os EUA ganham respaldo legal para ampliar sanções, impor novas tarifas ou adotar restrições unilaterais.
A Seção 301 permite ao governo americano retaliar países que adotem práticas consideradas “injustas” no comércio internacional. Trata-se do mesmo dispositivo utilizado contra a China durante a guerra comercial em 2018, no primeiro mandato de Trump.
Até o momento, o governo brasileiro não respondeu oficialmente. Nos bastidores, diplomatas temem que o movimento seja mais político do que técnico, impulsionado pelo calendário eleitoral americano e pelo desejo de Trump de reforçar seu discurso protecionista.
Especialistas alertam que o impacto da investigação pode ser significativo para o comércio bilateral, afetando exportações brasileiras e minando acordos estratégicos entre os dois países. Com a relação em clima de guerra comercial, o futuro da cooperação Brasil–EUA parece cada vez mais incerto.

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