O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo elemento de tensão internacional. Nesta terça-feira (9), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que os Estados Unidos não hesitam em recorrer ao seu “poder militar” para proteger a liberdade de expressão no mundo.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa após Leavitt ser questionada sobre possíveis novas medidas de retaliação ao Brasil em razão do processo contra Bolsonaro. Embora não tenha detalhado ações específicas, a porta-voz reforçou que o tema é prioridade para o governo norte-americano.
“Eu não tenho nenhuma ação adicional para antecipar hoje. Mas posso dizer que o presidente não tem medo de usar o poder econômico, o poder militar dos Estados Unidos da América para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo”, afirmou.
Bolsonaro é acusado de liderar uma organização criminosa que teria articulado um golpe de Estado em 2022, na tentativa de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente.
Desde julho, a gestão de Donald Trump intensificou sanções econômicas e políticas contra o Brasil, impondo tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros e adotando medidas contra autoridades nacionais. Entre os alvos está o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo de Bolsonaro, que foi incluído na lista da Lei Magnitsky — regime de sanções internacionais aplicadas a pessoas envolvidas em corrupção e violações de direitos humanos.
Especialistas avaliam que declarações como a da Casa Branca aumentam
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