A economia do Brasil voltou a perder força. Dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira (17) revelam que a atividade econômica caiu 0,2% em setembro na comparação com agosto, segundo o IBC-Br — indicador usado como termômetro antecipado do PIB.
O resultado confirma que o país entrou em trajetória de desaceleração ao longo do segundo semestre. O 3º trimestre registrou queda de 0,9% em relação ao trimestre anterior, já descontados efeitos sazonais. No 2º trimestre havia ocorrido avanço de 0,4%, mostrando que o ritmo de crescimento não apenas perdeu fôlego, como mudou de direção.
A economia, que vinha surpreendendo positivamente no início do ano, agora enfrenta sinais de enfraquecimento da produção, do consumo e da atividade de serviços — justamente os setores que mantiveram o PIB de 2024 acima das expectativas.
Previsão para 2025: crescimento menor e risco de pior resultado desde 2020
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central com projeções de economistas do mercado financeiro, aponta que o PIB deve crescer apenas 2,16% em 2025. O número é significativamente inferior ao desempenho de 2024, quando o país avançou 3,4%.
Se a estimativa se confirmar, 2025 registrará o pior crescimento desde 2020, ano da pandemia, quando o PIB despencou 3,3%.
Analistas destacam três fatores principais para o cenário de desaceleração:
- Inflação persistente, que pressiona o consumo;
- Juros ainda elevados, freando crédito e investimentos;
- Incertezas políticas, que afetam a confiança de empresários e famílias.
Com queda em setembro e um trimestre negativo, o desafio do governo para reverter o quadro se torna ainda maior. Economistas avaliam que, sem reformas estruturais e melhora nos indicadores fiscais, a economia pode entrar em um ciclo prolongado de baixo crescimento.
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