Inelegível até 2030 por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-governador José Roberto Arruda (PL) voltou aos holofotes — não por propostas ou articulações políticas, mas por ataques pessoais. Em uma publicação que rapidamente viralizou nas redes sociais, Arruda chamou o governador Ibaneis Rocha (MDB) de “feio por fora e por dentro”, insinuando ainda que Ibaneis teria atuado nos bastidores para impedir sua candidatura às eleições de 2026.
A reação veio logo após o STJ manter, por unanimidade, a condenação por improbidade administrativa de Arruda, referente ao escândalo da Operação Caixa de Pandora (2009), que revelou pagamentos de propina e desvios milionários em contratos públicos. A decisão confirma sua inelegibilidade até 2030, mesmo após mudanças na Lei da Ficha Limpa.
Guerra nas redes e desgaste político
As publicações de Arruda foram vistas por aliados de Ibaneis como um ato de desespero político. A assessoria do governador afirmou que estuda acionar judicialmente o ex-governador por injúria e difamação.
A vice-governadora Celina Leão (PP), hoje liderando pesquisas com 28% das intenções de voto, também reagiu com firmeza:
“Política se faz com propostas, não com ofensas pessoais. Arruda mostra por que foi cassado e por que o povo rejeita seu retorno.”
Popularidade em queda — e isolamento político
Mesmo antes da polêmica, Arruda já enfrentava resistência. Em pesquisa Ipespe recente, ele aparecia com 14% das intenções de voto, empatado com Fred Linhares e Leandro Grass. Após os ataques, aliados como o deputado distrital Roosevelt Vilela (PL) preferiram se distanciar:
“Respeito Arruda, mas ofensas não ajudam ninguém. Precisamos de diálogo, não de baixarias.”
Enquanto isso, Ibaneis mantém aprovação de 60,2% e é cotado para concorrer ao Senado. Celina Leão se consolida como sucessora natural, fortalecida pela ausência de adversários competitivos no campo conservador.
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