O governo federal, por meio da Polícia Federal (PF), instaurou nesta terça-feira (4 de novembro de 2025) um inquérito para investigar uma suposta ameaça feita por um integrante do Comando Vermelho à subestação de energia de Marituba (PA) — considerada infraestrutura estratégica para a realização da COP30, marcada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro em Belém.
A empresa operadora da subestação (Verene Energia S.A.) relatou que um indivíduo se identificou como membro da facção e exigiu a suspensão imediata das obras de ampliação da subestação e a interrupção diária das operações a partir das 15h.
O que está em jogo
A subestação de Marituba é classificada como uma instalação crítica do Sistema Interligado Nacional (SIN) e seu funcionamento é chave para garantir energia, comunicação e logística na região metropolitana de Belém. Uma falha ou interrupção pode afetar diretamente o andamento da COP30.
iG Último Segundo
O Ministério de Minas e Energia (MME) já acionou órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e outros para reforçar proteção e contingência.
Como os órgãos estão reagindo
De acordo com autoridades paraenses, as polícias Militar e Civil já estão com investigação e patrulhamento intensificado na região da subestação. A segurança do local segue ativa, e as obras continuam normalmente.
Gazeta do Povo
Ao mesmo tempo, segundo a Polícia Federal, ainda não há confirmação se o ato se trata de um incidente isolado ou de uma operação articulada da facção criminosa. A investigação busca justamente esclarecer o grau de planejamento e possível vínculo organizado.
Metrópoles
Por que isso importa
Com a COP30 aproximando-se, a segurança energética e logística da região amazônica assume papel estratégico não apenas nacional, mas internacional. Uma vulnerabilidade em uma infraestrutura-chave como essa poderia comprometer credibilidade, operação do evento e confiança global no Brasil como anfitrião.
Além disso, o fato de uma facção de grande porte como o Comando Vermelho — tradicionalmente atuante no Rio de Janeiro — aparecer no contexto amazônico demonstra expansão de riscos que ultrapassam fronteiras regionais e demandam coordenação federal.
O que observar daqui para frente
O resultado do inquérito: se a ligação com a facção for confirmada, serão esperadas medidas penais e reforço operacional imediato.
Como será o plano de contingência energética e de segurança para a COP30: reforço militar, infraestrutura redundante e protocolos de emergência.
O impacto político-diplomático: Brasil como anfitrião da COP precisa demonstrar controle sobre ameaças de grande porte para manter imagem internacional sólida.
Em resumo: a segurança da COP30 está sendo testada antes mesmo de o evento começar — e cabe aos órgãos públicos garantir que a luz fique acesa, e o evento aconteça sem sobressaltos.

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