A disputa política em Brasília ganhou um novo capítulo. O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Sidônio Palmeira, está na mira do Ministério Público Federal (MPF), acusado de supostamente favorecer um sócio em contratos públicos milionários com órgãos federais.
A denúncia foi protocolada pelo deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), com base em reportagens que apontam que a produtora Macaco Gordo, da qual o sócio de Sidônio, Francisco Kertész, faz parte, teria firmado contratos que somam cerca de R$ 12 milhões com órgãos como a Caixa Econômica Federal e a Embratur.
Embora Sidônio não seja oficialmente sócio da produtora, ele e Kertész trabalharam juntos na campanha de Lula em 2022 por meio da empresa M4 Comunicação e Propaganda e são parceiros em outra empresa, a Nordx. Para críticos, essa proximidade levanta suspeitas de favorecimento político e possível tráfico de influência.
O que está sendo investigado?
O MPF deve apurar:
Se houve interferência do ministro nas licitações;
Se os contratos seguiram corretamente os trâmites legais;
Se a relação empresarial entre Sidônio e Kertész configuraria conflito de interesses;
Se recursos públicos foram empregados de forma regular.
O que diz a defesa?
Sidônio afirma ter se afastado de todas as atividades empresariais ao assumir o ministério;
A produtora Macaco Gordo declara que venceu as licitações por menor preço e regularidade técnica;
A Caixa e a Embratur garantem que todo o processo foi conduzido por agências licitadas, sem interferência política.
Impacto político
O caso reacende debates sobre transparência no governo, ética pública e governança. Em um país marcado por escândalos de corrupção, a denúncia pressiona o governo Lula a demonstrar coerência com o discurso de combate a privilégios e defesa da moralidade administrativa.
Se irregularidades forem comprovadas, o MPF poderá recomendar anulação de contratos, responsabilização de agentes públicos e abertura de ações civis e penais.
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