O apresentador Danilo Gentili voltou a provocar forte repercussão política ao publicar um artigo no site Não é Imprenssa, no qual ironiza a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e acusa os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro de ajudarem, involuntariamente, na reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026.
Para Gentili, o atual cenário da oposição representa o “sonho” de qualquer governante que busca permanecer no poder.
“Lula já fechou seu time para 2026”
No artigo, o humorista compara Lula a um técnico que já teria a partida garantida graças às ações da própria oposição:
“Parece que o técnico Lula finalmente fechou o seu time para levantar a taça de novo em 2026 (fora aquelas taças que ele bebe todo dia). A equipe de centroavantes do Lula está completa. E, olha, ele que está acostumado a comprar parlamentares dessa vez não precisou gastar 1 centavo: o olheiro dele, Jair Bolsonaro, já fez todo o trabalho de base.”
A publicação ocorre dias após o anúncio oficial de Flávio Bolsonaro como pré-candidato à Presidência, numa estratégia do núcleo bolsonarista para manter protagonismo eleitoral mesmo com Jair Bolsonaro preso e inelegível.
Gentili diz que filhos “jogam contra”
Danilo Gentili ironizou diretamente Flávio e Eduardo Bolsonaro, sugerindo que ambos, ao invés de fortalecerem a oposição, estariam facilitando a vida de Lula:
“Com essa dupla de ataque vestindo as camisas 9 e 10 do Lula, o velho pinguço nem precisa treinar: é só entrar em campo, cruzar os braços e esperar os gols contra.”
A crítica se soma à crescente insatisfação de setores da direita que veem a pré-candidatura de Flávio como precipitada, dividida e sem articulação — fatores que podem fragmentar o eleitorado oposicionista em 2026.
“Não é futebol. É telecatch”
Encerrando o texto, Gentili amplia sua crítica ao bolsonarismo:
“Não é futebol. É telecatch. Só gente infantilizada ainda acredita na família Bolsonaro.”
A fala repercute diretamente no embate interno da direita, que vive um momento de disputas, desconfianças e ausência de unidade — cenário que, para críticos como Gentili, só favorece Lula.
O artigo acende mais uma fagulha no clima tenso da política nacional, especialmente após pesquisas recentes mostrarem que a base bolsonarista ainda não encontrou consenso sobre qual nome deve liderar a oposição em 2026.

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