O cenário político do Paraná para as eleições de 2026 esquentou de vez nesta segunda-feira (8), após a executiva estadual do Progressistas (PP) rejeitar a homologação do nome do senador Sergio Moro (União Brasil) para disputar o Governo do Estado. A decisão, anunciada durante reunião em Curitiba com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, causou repercussão imediata e abriu uma crise dentro da federação formada por União Brasil e Progressistas.
PP fecha as portas para Moro
Segundo Ciro Nogueira, a posição do diretório paranaense é firme:
o Progressistas não apoiará Moro para a disputa majoritária em 2026.
A decisão agora será oficialmente comunicada à federação. O Paraná era o único dos 27 estados que ainda não havia definido sua posição estratégica para 2026 — justamente o diretório mais importante para o PP.
Negociações seguem — mas clima é de tensão
Ciro Nogueira confirmou um novo encontro para esta terça-feira (9), que reunirá:
- Ricardo Barros (PP-PR)
- Antonio Rueda, presidente nacional da federação (União Brasil)
- Sergio Moro
Mesmo reconhecendo que Moro possui forte capital eleitoral no Paraná, Ciro alfinetou o senador ao afirmar que faltou habilidade política nas negociações internas.
Consenso ou nada
O presidente do PP reforçou que nenhuma candidatura majoritária da federação será lançada sem consenso absoluto entre União Brasil e Progressistas.
Ou seja:
Se o PP vetar Moro, ele dificilmente terá legenda para concorrer.
Ciro também afirmou que seguirá integralmente a decisão da executiva paranaense — deixando claro que a resistência a Moro não é um ponto isolado, mas sim uma posição consolidada dentro do partido no estado.
O que está em jogo?
A disputa coloca em choque:
- a força eleitoral de Sergio Moro no Paraná;
- o poder interno do Progressistas no estado;
- a estabilidade da federação que já enfrenta divergências nacionais.
O resultado das próximas reuniões pode definir:
- Se Moro terá caminho aberto para disputar o governo;
- Se buscará outra legenda;
- Ou se a federação entrará em crise com risco de ruptura.
Os bastidores seguem fervendo — e o impasse promete dominar o debate político nos próximos dias.

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