Por Guilherme Pontes
Estão
circulando nas redes sociais e grupos WhatsApp dois áudios (um do
deputado Cláudio Abranches e outro do deputado Wellington Luiz),
alertando sua categoria acerca do remanejamento de crédito que foi
incluído no orçamento de 2017 pela PCDF para esse ano que
possibilitaria a luta da classe pela paridade salarial com a Polícia
Federal.
No
entanto, o governador Rodrigo Rollemberg vetou as Emendas ao
Orçamento que remanejavam R$ 257 milhões para a Polícia Civil do
DF (PCDF) e as articulações estão sendo feitas para que esse veto
seja derrubado pela Câmara Legislativa hoje, quinta-feira (12/01),
quando também será decidido às 15:00 horas, o veto ao Decreto que
reajustou as tarifas de transporte no DF e uma possível convocação
extraordinária dos parlamentares. As duas emendas foram apresentadas
pelo deputado Wasny de Roure (PT) no Projeto de Lei (PL) nº
1.260/16, que definiu o Orçamento do GDF para 2017.
As
reivindicações da polícia civil são mais do que justas,
principalmente depois de várias tentativas para convencimento do
governo de que a recomposição salarial era necessária. Porém, o
governo não considerou isso e foram meses de negociações
infrutíferas e greve, culminando com a aprovação do aumento aos
policiais federais pelo governo federal ficando a Polícia Civil do
DF "chupando dedo".
É
importante frisar que no ano passado os Comandos da Polícia Militar
e do Corpo de Bombeiros, com o apoio do Cel. Ribas - Chefe da Casa
Militar, deram um duro recado ao governo de que não admitiriam
tratamento diferenciado em relação aos órgãos de segurança
pública e se algo fosse concedido à Polícia Civil deveria ser
estendido às corporações militares. A insatisfação nas casernas
é grande ainda e a desmotivação continua da mesma forma. Manobras
que prejudiquem os policiais e bombeiros militares não serão
aceitas.
Enquanto
os olhos das corporações militares estão voltados para projetos na
Câmara Federal que trazem prejuízos incalculáveis e irreparáveis
às classes (PEC 287 e PL 6726), por aqui as articulações de
bastidores vão acontecendo e sequer existe um acompanhamento
parlamentar, já que os militares não têm nenhum representante na
Casa e o único no governo, o bombeiro Roosevelt Villela, está
acomodadíssimo na Secretaria das Cidades como secretário adjunto
sem nenhum interesse ou poder de interferir no processo em prol das
corporações na Câmara Legislativa.
Segundo
os corredores das casernas, o recado é direto ao governo de que não
brinque com a situação atual dos policiais e bombeiros militares. A
PM ainda está segurando a onda no DF e a iminente perda de direitos
conquistados a longos 30 anos de serviço que assombra todos os
integrantes de ambas as corporações já é o suficiente para uma
instabilidade, coisa que, com certeza, Rollemberg não gostaria para
entrar o ano de 2017.
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