A seleção pública para 779 vagas destinadas a recompor os
quadros do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF)
está pegando fogo. Após a série de problemas nas provas
aplicadas nos dois últimos fins de semana, os 30.950 inscritos para
o curso de praças — que prestarão exame neste domingo (19/2) —
temem que as falhas se repitam. A incerteza tomou conta do certame e
candidatos vão protestar, no dia da prova, contra a banca
examinadora, o Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e
Assistência Nacional (Idecan).
“Nós queremos protestar, de forma pacífica, contra essa banca que
não tem competência para realizar um concurso desse tamanho”,
declarou Diogo Souza, 27 anos, criador do evento Nariz de Palhaço na
prova do Idecan. Na página do Facebook, 56 pessoas já confirmaram
que irão participar do protesto usando o nariz vermelho.
Diogo conta que fez as outras duas provas que registraram
problemas e não consegue ficar tranquilo quando pensa no próximo
teste. “O que queremos é dignidade, que sejamos tratados com
respeito e possamos fazer a prova sem estresse e transtorno”,
explicou.
Leda Ávida, 28 anos, também prestou os concursos dos últimos
dois fins de semana e afirma estar muito mais ansiosa para o teste
deste domingo (19). “Desde abril do ano passado eu estou estudando.
E agora estou mais preocupada, desmotivada. Não quero ter de fazer a
prova para depois ser cancelada. Estou desconfiada com esse
concurso”, disse ao Metrópoles.
Problemas recentes
Em 5 de fevereiro, 4.290 pessoas que concorriam ao cargo de
condutor e operador de viatura se sentiram lesadas. Entre as
irregularidades apontadas pelos inscritos, estavam o fato de muitos
terem recebido provas com o nome de outras pessoas.
Além disso, alegaram que o gabarito foi extraviado, o cartão
de resposta não estava em envelope lacrado, houve
desorganização nos locais de prova e até celulares foram flagrados
dentro das salas. O caso motivou um protesto em frente ao Ministério
Público do DF e Territórios (MPDFT) cobrando a anulação das
provas.
Anulação
Mais grave foi a situação verificada no domingo seguinte, 12 de fevereiro. Naquele dia, 7.017 concurseiros fizeram o teste para oficial. Mas as provas objetivas e discursivas aplicadas no turno da tarde, para o concurso de 2º tenente, foram anuladas na terça (14).
Mais grave foi a situação verificada no domingo seguinte, 12 de fevereiro. Naquele dia, 7.017 concurseiros fizeram o teste para oficial. Mas as provas objetivas e discursivas aplicadas no turno da tarde, para o concurso de 2º tenente, foram anuladas na terça (14).
A banca responsável, o Idecan, não disponibilizou a folha oficial
para a redação. As pessoas que realizaram a prova tiveram que
identificar o rascunho com o número da inscrição, o nome e o CPF.
O Metrópoles procurou o Idecan para saber
sobre as medidas adotadas visando evitar problemas no domingo
(19). No entanto, até a última atualização desta reportagem,
o instituto não tinha respondido às perguntas. Nas últimas
vezes que se posicionou, o Idecan afirmou que tomou providências
para que a situação não se repita.
TCDF
Nesta semana, o deputado distrital Reginaldo Veras (PDT) entrou
com uma representação no Tribunal de Contas do Distrito
Federal (TCDF) pedindo a suspensão, “em caráter cautelar”, da
realização do concurso e, ainda, a anulação de todas as provas já
feitas (veja documento abaixo).
Fonte: Metrópoles
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