O Instituto de Desenvolvimento
Educacional, Cultural e Assistencial Nacional (Idecan) anulou nesta
terça-feira (14/2) as provas objetivas e discursivas para o concurso
de 2º tenente do quadro do Corpo de Bombeiros do DF, no turno da
tarde. Os exames foram aplicados no último domingo (12) e geraram
muitas reclamações dos candidatos.
Em
nota, o instituto informou que tal medida foi necessária em “face
da inconsistência havida, relativa à ausência de folha de
respostas da prova discursiva”. O novo cronograma de reaplicação
das provas será publicado oportunamente no site
da empresa.
De
acordo com relatos dos candidatos ao Metrópoles,
a banca responsável não disponibilizou a folha oficial para a
redação. As pessoas que realizaram a prova tiveram que identificar
o rascunho com o número da inscrição, o nome e o CPF.
Além disso os candidatos
reclamaram que, no conteúdo do teste, foram cobrados assuntos que
não estavam previstos no edital. Algumas pessoas também tiveram
problemas nas listas dos locais de prova.
“Um
absurdo e uma falta de respeito com os participantes. Desde a
primeira aplicação do concurso do CBMDF que essa banca vem
cometendo irregularidades. O problema com a folha oficial para a
entrega da redação fere o princípio da isonomia. Não podemos
ficar sem nenhuma explicação sobre o que ocorreu”, disse o
estudante Carlos Willian Nascimento, 28 anos, antes do anúncio da
anulação.
O jovem relatou que se preparou
para a prova durante um ano e meio e gastou mais de R$ 3 mil com
cursinho.
Outras
provas
Os
problemas começaram no dia 5, quando foi aplicada a prova para
condutor e operador de viatura. Essas provas, entretanto, não foram
anuladas. Segundo as denúncias, haviam gabaritos com o
nome de candidatos trocados, de modo que foi necessário que os
inscritos fizessem rasuras no nome que constava no gabarito oficial
para assinar o próprio nome.
A arquiteta Laís Silveira, 28,
cobra explicações. “Nós fomos avisados com mais de uma hora de
prova que teríamos que entregar a redação no rascunho. Isso fere o
edital. Não temos nenhuma segurança”, relatou a candidata. Laís
comentou ainda que pretendia se inscrever para o concurso da Polícia
Militar do DF e a banca vencedora da licitação para a aplicação
da prova foi o Idecan. “Não sei mais se vou fazer. A gente teme
que aconteça a mesma coisa e desanima”, lamentou.
Para o advogado e concurseiro
Antônio Eduardo Carvalho Machado, 25, a prova também deve ser
anulada e a entidade responsável pela realização do concurso,
substituída. “Não podemos ver um cargo de tamanha importância
ser preenchido com tantas irregularidades.”
Representação
Corroborando
com as denúncias, o deputado Reginaldo Veras entrou com uma
representação nesta terça-feira (14) no Tribunal de
Contas do Distrito Federal (TCDF) pedindo a suspensão “em caráter
cautelar”, da realização do concurso e ainda a anulação de
todas as provas já realizadas, como também, a aplicação de novos
testes.
Fonte: Metrópoles
0 Comentários
Obrigado pela sugestão.