A polícia investiga dois
incêndios ocorridos na madrugada deste sábado (4/2), que queimaram
11 micro-ônibus da Cooperativa Cootarde, praticamente no mesmo
horário, por volta de 1h. A suspeita é que a ação foi criminosa.
Não houve feridos.
No mais grave deles, no Parque
Leão, próximo ao viaduto de Samambaia, na BR-060, dez veículos
foram incendiados, sendo que oito consumidos totalmente pelas
chamas. No local, estavam estacionados 28 micro-ônibus novos da
cooperativa. Dois foram queimados parcialmente.
Para evitar que as chamas
consumissem todos os veículos, destinados ao transporte público, os
bombeiros foram acionados. O combate ao fogo durou mais de uma hora.
Foram empregados 46 homens e cinco viaturas, que utilizaram 12 mil
litros de água e 250 litros de extrato de espuma.
No mesmo horário, no
Condomínio Privê Lucena Roriz, em Ceilândia, um outro micro-ônibus
da mesma cooperativa foi incendiado e totalmente consumido pelas
chamas. A CEB precisou ser acionada, pois a rede de alta
tensão foi danificada.
Nos dois casos, a polícia foi
acionada e investiga se os incêndios foram criminosos. A perícia
esteve nos dois locais.
Durante
toda a semana, várias ocorrências envolvendo motoristas da Cootarde
foram registradas. Segundo a cooperativa, apenas em 2017 40 veículos
foram depredados durante movimentos grevistas de motoristas e
cobradores.
Na
última terça (31/1), um
motorista foi agredido por outros quatro e levado ao hospital com
suspeita de traumatismo craniano.
Quatro rodoviários foram presos.
A Cootarde
tem 620 funcionários e atua em Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo
I, Taguatinga, Brazlândia, Santa Maria e no Gama. Desde o início do
ano, os rodoviários acusam a cooperativa de atrasar o pagamento de
salários e outros benefícios.
Representantes
da cooperativa afirmam que existe uma disputa entre dois sindicatos
para representar os rodoviários, o que acirrou os ânimos no
movimento grevista.
A
Cootarde também é alvo de uma
ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho
(MPT),
que acusa a entidade de terceirização irregular. De acordo com o
MPT, os cooperados abrem microempresas que, por sua vez, são
contratadas pela Cootarde. A estratégia seria uma forma de a
cooperativa evitar o pagamento de direitos trabalhistas.
Em nota, a
cooperativa esclareceu que ainda não existe a condenação e
alega que, em ações trabalhistas, quem paga toda e qualquer despesa
é a empresa.
Fonte:
Metrópoles
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